Nat
Imagem melhor não define.


"Foi por um triz..."

Quantas vezes na vida passamos por situações em que, por muito pouco, o pior não acontece, ou algo muito bom deixa de ocorrer?

O carro que quase atropela, os números da Mega-Sena quase acertados (pelo menos a Quadra ou a Quina, vai...), os impropérios quase falados para quem muito merecia escutar no trabalho, o chute de uma questão na prova, aquela pessoa bacana que por muito pouco não deixa de fazer parte do nosso infinito particular.

São toneladas de exemplos ao longo de uma vida, que englobam desde pequenos eventos a outros extremamente significativos. Todos sempre com algo em comum: são situações que dividem caminhos, agindo como determinantes no curso da nossa existência.

De vez em quando me pego pensando em alguns destes eventos e deixo minha imaginação fluir, conjecturando como eu estaria hoje se tivesse agido diferente. São situações que perpassam a questão das escolhas: às vezes é algo extremamente fortuito, apenas o acaso. 

Hoje quase fui atropelada por uma bicicleta que vinha na contramão, em alta velocidade. Acredito que se eu estivesse muito menos de um segundo de velocidade à frente, teria sido acertada em cheio. Embora não se tratasse de uma situação que poderia vir a se configurar como vida-ou-morte, foi impossível não pensar no que poderia ter sido se tivesse ocorrido. Como seria se a morte tivesse chegado hoje? Há tanta coisa que eu ainda quero fazer! Ou ainda, pensar na morte como algo mais abrangente... nas formas de se morrer em vida, por exemplo. E no quanto tantas vezes eu me sinto morta em vida, principalmente quando ando tão sem energia e forças pra fazer as coisas boas que essa vida pode proporcionar. Parece óbvio, mas não viver é morrer aos pouquinhos.  

Por que será que é necessário sempre reaprender as coisas óbvias dessa vida?! 
1 Response
  1. que bom que vc está bem, nana!
    quase fiquei sem saber disso...tou tão por fora... tem doído mais que o comum as saudades da nossa cumplicidade de adolescentes... beijo, lindona!