Nat
Abro meus olhos: mais um dia
Sigo plantando sementes.
Imersa em cotidiano que desafia,
Cada dia igual e tão diferente.
Esperando a vivência que amplia,
Sem padecer só, tristemente.
Um coração que gritou calado,
Por ser feliz, por ter amado.

Caminhos tantos, qual seguiria,
Menina com tantos destinos em mente.
Pensou ser fácil, mal ela sabia
Que o destino nos é displicente
Se esperamos que a ousadia
Dê recompensas rapidamente.
Com tudo pra ontem, do jeito esperado.
Se riu o Destino, pouco intimidado.

Parece que hoje ela desconfia
Que a vida é mais do que dor veemente.
Secou a lágrima que tanto escorria,
De um rosto que outrora foi tão sorridente.
Horizonte já não tem só nuvem sombria,
O sol brilha sim, timidamente.
Coração fica dentro do peito, apertado
Mas sabe que logo isso está acabado.




Nat
Pão de queijo recém-saído do forno, bolo de cenoura e uma xícara de chá bem quente de erva-cidreira.

Tem dias que nada mais é necessário.