Nat
Simples e sábias são as palavras dos antigos...
"Não há mal que nunca acabe, não há bem que nunca chegue".

Hoje voltando para casa, na minha costumeira viagem diária de ônibus, precisei pegar uma condução diferente já que precisava passar em alguns lugares antes de chegar em casa. 
E no trajeto, vi muito verde (acho que hoje, por estar mais leve, me deixei reparar nessas coisas...).
Senti aquela sensação boa de viagem, de espírito tranquilo, de paz...

Eu não sei se vocês também se sentem dessa forma quando vão viajar.
Como há quase cinco anos moro longe de pessoas que me são muito queridas, talvez a experiência de fazer viagens frequentes sempre me tenha sido muito cheia de expectativas gostosas...
Mas mesmo tendo este grande e importante fator, acho que boa parte das pessoas sentem-se bem quando estão para fazer uma viagem de descanso, não é? Do tipo "férias merecidas", "conhecer um lugar de sonho", "visitar pessoas distantes", "ir a uma festa de amigos ou parentes", e por aí vai...



(Quase férias...
E pra melhorar, meu amor vem me ver nesta sexta! ^^)
Nat
Algumas coisas acontecem com a gente, dentro do nosso ser, que são difíceis ou mesmo impossíveis de serem explicadas, transformadas em palavras.
Falo aqui do inominável, de tudo aquilo de mais profundo que pode haver no íntimo de cada um.

Sinto às vezes que mexer com isso é mexer com fogo.
Embora seja algo que pulse e pulse e pulse, parece que nunca se sabe o que pode acontecer.
E no fim, não dá pra saber mesmo.

Mas, felizmente, não estou enfrentando meus leões sozinha.
Nat
Tantos dias sem passar por aqui.
O blog parece até levemente empoeirado...

Hoje venho aqui escrever de algo que eu sinto sempre, de tempos em tempos.
Talvez eu não seja a única.
Ou pode ser que eu simplesmente só seja uma pessoa atrapalhada mesmo com seus próprios assuntos.

É que às vezes algumas coisas são difíceis.
Hoje de manhã na aula (senhor, só eu sei como odeio as aulas de sábado de manhã, por não ter mais este horário que eu considero sagrado para meu descanso...), em uma apresentação de trabalho, um dos grupos fez uma dinâmica que, em síntese, pedia que a gente escrevesse em uma folha de papel os nossos sonhos.
E eu percebi que estou distante de meus.
Não por serem coisas impossíveis ou dificílimas de serem alcançadas, mas por não ter tempo no meu dia-a-dia para me dedicar a eles.

A faculdade consome muito do meu tempo.
E embora de certa forma ela seja parte do meu sonho, tem momentos que parece que isso se perde.
Depois de praticamente quatro meses de aula que eu me dei conta do quanto a maior parte das coisas que eu fiz, academicamente, foram pra cumprir tabela.
Entendi porque o semestre foi tão arrastado.
Entendi porque parece que eu só sei reclamar da faculdade, a ponto de me sentir a pessoa mais chata e crica da face da Terra, que nem eu mesma me suporto.
Pouco do que eu faço eu gosto.
Como eu poderia estar feliz, então?
Como eu poderia estar feliz e fazendo o que preciso com gosto, quando tudo parece bullshit e como sempre, tantas provas e apresentações de trabalhos ficaram pro fim do semestre, acumuladas?
Como fazer esse monte de coisas acumuladas e estar de boa com isso, sem ser tão penoso, se quase tudo que é necessário fazer não tem muito sentido pra mim e são muito chatas, inclusive?
E sabe... por mais que eu tenha pessoas maravilhosas ao meu redor, aqueles que eu mais amo estão a, no mínimo, quinhentos quilômetros de distância de mim.
Às é difícil ter que enfrentar tudo sozinha.
Às vezes é difícil perceber que eu passei mais de um mês sem passar um pingo de maquiagem ou fazer minhas unhas... zero de blush, rímel, um batom, garota verão e glamour pink.
Olheiras e mais olheiras.
O que em um primeiro momento pode soar como futilidade, no fundo significa que há mais de um mês nem tempo pra mim eu tenho.
E eu nem percebi isso...

Essas coisas às vezes dão desespero.
Por me fazerem pensar "que porra eu tô fazendo da minha vida? será que dava pra ser diferente?"
E sabe, eu ainda não tenho resposta esta e pra todas as perguntas que fiz ao longo deste texto.
Talvez escrever aqui seja uma forma de desabafar, e colocando pra fora, tentar pensar sobre tudo isso.
Quem sabe assim eu começo a pensar nessas respostas.
Ou, pelo menos, suportar o fardo (enquanto a faculdade tem se apresentado em maior parte como um fardo) se torne um pouco mais fácil.

Final de julho eu tô de férias de tudo e pretendo SUMIR por duas semanas.
*contando os dias ansiosamente*