Nat
Na realidade, este post era pra ter saído antes do Natal...
Mas sem problemas, ainda tá em tempo, a gente tá no período das festas, né?
O clima de Natal ainda está no ar... :)

Estas fotos são de uma casa daqui de Santos.
Uma casa que eu sempre achei linda, que sempre foi a dos meus sonhos...
E nos fins-de-ano, os donos sempre a enfeitam.
Ela é na minha opinião a mais charmosa, a mais graciosa, a mais mais de todas...



Linda demais, não é? ^^

Nat
E essa Retrospectiva 2009, num sai nunca???

Pois é, pois é...
Vou aproveitar minha dor-de-cotovelo que fiquei em casa hoje, um dia liiiiindo de sol, enquanto toda a minha família foi pra praia em Guarujá e eu fiquei em casa porque estou de ressaca. Como não sabia a forma que meu organismo ia reagir às caipirinhas, tequila & cachaça que tomei ontem (me vem na cabeça agora Lady Gaga cantando "I've had a little bit too much.. oh oh oh-oh, all of this people start to rush..."), eu não quis correr o risco de precisar voltar antes e estragar o programa de alguém - do meu pai provavelmente, coitado...
Ok, me arrependi de não ter ido, I overreacted achando que ia ficar suuuuper mal e que a ressaca num ia ficar suportável.
Paçensa, agora já foi...

E viu gente, nunca se esqueçam que Epocler é um ótimo remédio para quem padece dos males do fígado. Ficadica.

*

Acredito que este pode ser considerado um dos melhores anos da minha vida.
E fico feliz de verdade em poder dizer isso.
Na realidade, minha vida virou de pernas para o ar em vários sentidos...

Primeiro que eu virei gente grande em 2009.
Comecei a trabalhar no esqueminha de adulto: carteira assinada, salário decente, oito horas diárias.
Siiiim, agora eu pago minhas continhas!
Mas vai mais longe... hahaha, é engraçado. Penso que se eu quiser desistir dessa vida-que-se-vive-todo-dia pra virar hippie e vender bijous pelo Brasil afora, meus pais num vão falar nada, porque vai ser uma decisão minha e ponto final.
E isso foi muito louco, lidar com toda essa liberdade que eu ganhei.
Porque por mais que eu sempre reclamasse de ser muito superprotegida por eles e isso dar nos nervos e ser sufocante, eu estava a costumada a viver aquela vida de ter sempre o respaldo deles.
Foi um pouco difícil no começo.
Eu achei por muitas vezes que não ia poder mais contar com eles pra nada e isso me assustou demais, me senti bastante sozinha... foi ruim.
Como se a minha independência financeira significasse uma nova postura, que de alguma forma também estivesse vinculada a uma certa independência emocional or something like that.
tsc tsc..

Mas né, a minha ficha caiu.
Percebi que eu me senti sozinha porque também eu me mantive afastada das pessoas da minha família.
E que eles me amam demais e nunca vão me abandonar...
E sabe, eu que penso demais, sofro demais. E pior: tudo por antecipação!
Eles estão ali, sempre estiveram e sempre estarão.
Eu só posso agradecer por essa família doida e maravilhosa que eu tenho.


Neste 2009 eu vejo que mudei muuuuito minha minha relação para com minha própria pessoa.
No sentido de me sentir bem comigo, sabe...
Sem tantas culpas por não ser exatamente aquilo que eu achava que deveria ser, sem me sentir mal pelas expectativas não-atingidas, sem me cobrar tanto por algo que eu não consegui dar conta...
De me aceitar mesmo, de enxergar que eu tenho os meus defeitos, de ver as minhas limitações, e mesmo de aceitar que tem certas coisas em mim que eu odeio de verdade mas que nem tudo a gente consegue mudar na gente, ou pelo menos por hora, sei lá, só tenho 22 anos também, não sei de tudo.
E que tem muita coisa que é difícil mexer, que dói e que vai continuar ali doendo sabe-se lá por quanto tempo.
Que eu tenho as minhas fragilidades e meus momentos de infantilidade, coisa que eu não me permitia...
E que de verdade, eu sou uma metamorfose ambulante. Por mais clichê que essa expressão seja, é fato: as idéias, gostos, pensamentos, formas de enxergar determinadas coisas, tudo pode ser que mude. Lógico que não é uma certeza, mas existe a probabilidade.
Simples assim.


Ainda em 2009, pessoas entraram e saíram na minha vida.
Conheci muitas pessoas especiais nesse ano, gente pela qual acabei criando um grande carinho e senti que foi recíproco.
Algumas amizades se fortaleceram e as vejo hoje como fundamentais pra mim...
Também ganhei novos colegas, gente da faculdade e do trabalho, o que foi muito legal!
Das perdas, tive uma que me foi muito importante e deixou de fazer parte do meu ciclo de uma forma muito triste, porque brigas são sempre tristes... não gosto de brigar, de ficar mal com ninguém, por isso também doeu bastante.
Só que algumas coisas são inevitáveis em certos momentos... e depois só podemos lamentar demais por todas as infelicidades que culminaram no determinado fim.

O que eu vejo que aprendi com relação às amizades e relacionamentos num geral foi esse vai-e-vem de pessoas nas nossas vidas. Isso sempre foi muito difícil pra mim: fazer os fechamentos, dar adeus, reconhecer que algumas coisas acabam e não tem muito jeito ou mesmo que elas mudam bastante, que nem tudo dá pra consertar e voltar a ser o que era, essas coisas... Acho que hoje isso está um pouquinho menos difícil pra mim =)

Acredito que no geral este ano de 2009 foi de grande crescimento pessoal... eu vi muita coisa na minha vida se concretizando, coisas que eram sonhos, coisas que eu sempre achei que seriam difíceis e, no fim, não foram.
Foi o ano que eu baixei um pouco a minha guarda e abri meu coração para as pessoas ainda que tivesse muito medo... mesmo levando uns solavancos, vi que não preciso estar sempre na defensiva. E isso não tem preço...

Quanto à minha vida afetiva, ela foi um tanto caótica as usual... mesmo eu tendo feito muita merda, agora olhando para trás e analisando com um certo distanciamento eu vejo uma melhora significativa; eu mudei um pouco as minhas escolhas de com quem me relaciono. Finalmente.
Ainda que termine o ano com uma dorzinha de dente que quando eu menos espero ainda dá sinais de existir, a gente segue, né? A gente segue...


É bom fazer a síntese agora, né? ou o nome do post vai ser modificado para a "A História Sem Fim".

Bom...
A vida acadêmica tá se direcionando - e nunca fez tanto sentido a frase que certa vez meus veteranos me disseram, que a faculdade atrapalha os estudos, mas blz Nat, keep walkin';
Os meus dotes culinários estão se desenvolvendo, e eu estou me sentindo bem.

Não precisa de mais nada, né?
É bom terminar o ano dessa forma, ainda mais estando próxima de pessoas tão queridas.
Como eu disse, foi um ótimo ano! ^^

Não sei se volto a postar antes do dia 31, por isso já deixo a todos vocês um Feliz Ano Novo, com muitas alegrias, festa, bebedeira (para aqueles que curtem XD)... só energias positivas! ;)

Muitos beijos, pessoal!!!
Nat
Vinte e quatro de dezembro. Agora já é quase Natal.
Já estou em Santos.
E só coisas boas me ocorreram desde o momento que eu coloquei o pé dentro do onibus de viagem até agora, que estou aqui escrevendo.

Engraçado... sempre as coisas que acontecem por acaso são as que se mostram mais significativas.
Conheci uma senhorinha muito especial ontem na viagem. Sentou ao meu lado. Começamos a conversar.
E foi por um acaso que eu sentei na frente, na poltrona n° 1. Sempre fico nas do meio.
E foi por outro acaso maior ainda que eu viajei na noite do dia 22 de dezembro, porque eu já tinha comprado a passagem para o dia 23. Me deu um siricutico, fui lá na rodoviária e troquei a data.
Tudo decidido de última hora - detalhe que eu detesto fazer coisas de última hora.

Não sei em qual momento surgiu a conversa, mas ficamos um bom tempo ali...
Ela é uma pessoa muito boa, que me tocou fundo de verdade; alguém que surgiu por acaso, rs, e falou exatamente o que eu estava precisando ouvir...
Particularmente, nem eu sabia o que eu estava precisando naquele momento. Só sabia que eu tinha que sair de Bauru o quanto antes, que precisava ver minha família, que precisava respirar outros ares, outra vibe, outro astral.
E de presente de Natal do destino, ganhei aqueles momentos com aquela senhora tão iluminada... a gente dividiu histórias e eu dei muitas risadas do que ela contou e do seu jeitinho de falar; em certos momentos cheguei a me emocionar, sabe... e chorei, sem medos.

E por tudo que ela me falou, uma sementinha de esperança foi plantada em mim.
Principalmente de algo que exista além disso que nós vivemos, do qual ando tão desacreditada.
Uma mensagem de esperança na vida, nesse momento de fechamentos no qual eu me encontrava tão desencantada.
E tão ao acaso...

Pois bem, queridos...
É muito bom ver que coisas boas acontecem sim, às vezes quando menos esperamos.
Desejo a todos vocês um Feliz Natal!
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Nat
Sabe Murphy?
Então, meu melhor amigo.
Sabe por quê?
Porque fiquei de P3, sendo que a prova vai ser depois de uma festa - que eu pretendia, digamos, aproveitar alcoolicamente.

Uma festa muito dahora. Uma prova difícil.

Very Nice.

UPDATE: Não passei... pela primeira vez em 4 anos de faculdade, peguei uma RE... mas né? É Natal, fim de ano, vou abstrair...
Nat
"- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende."

Clarice Lispector
Nat
Hoje sonhei que o mundo acabava em água.
Chovia sem parar... todos os lugares alagados, o céu sempre cinza e revolto, as pessoas perdendo casas, as cidades se desorganizando porque o nível da água era muito alto e tudo parou, nada funcionava: as pessoas não conseguiam trabalhar, levar seus filhos nas escolas, sequer conseguiam se locomover para qualquer lugar...
Era o fim... a água havia tomado todos os lugares e não era possível plantar nada; e do céu, o castigo não cessava.
As formas de comunicação (telefonia, internet) estavam comprometidas por conta do mau tempo... ainda assim alguém de muito longe tentava falar comigo, mostrar o quanto se importava. Lamentava demais estar distante naqueles últimos momentos...

*

Uma raiva extrema tomou conta de mim.
Eu brigava e ameaçava fisicamente todos que passavam pelo meu caminho e eram contrários a mim, ou ao que eu queria. Cheguei a bater em alguns, inclusive. O ódio transbordava.
E era um sonho em primeira pessoa, por isso eu "senti" tudo o que se passava. E "concordei", com aquelas coisas que aconteceram...

[Clarice mode on]
Nat
Sabe aquele dia em que só coisas boas aconteceram?
Tô sem poder me conter dentro de mim...
^^
Fiz as pazes com quem tanto queria, só recebi boas notícias de gente que me é muito querida, provei um bolo de milho ma-ra-vi-lho-so (nham nham) e o fim de tarde foi tão agradável...
*sigh*


PS: Aahh! comprei cerejas! E uma meinha branquinha tipo enfeite de Natal, com um boneco de neve! E comprei também dois vasinhos de flor: uma vermelha e uma branquinha... e recebi "boas festas" de um senhor desconhecido, com um sotaque português delicioso agora pouco no mercado...
Nat
Algumas observações:

Há mais ou menos um mês, fui sentar na minha cama e ela simplesmente quebrou.
Tenho não faz muito tempo, desde que mudei pra Bauru, há uns 3 anos e meio.
Ela era meio fraquinha, feita de MDF, então num era uma Brasteeeeemp, mas né, servia pro gasto.
Ponto.

Comentei com minha mãe que a cama tinha quebrado e tal, meio emputecida porque né, tantas outras coisas pra ga$$$$tar/inverstir e eu teria que comprar uma cama e blá blá blá... mãe quando vê filho chorando, amolece o coração, né... falou que compraria uma cama pra mim. Fiquei toda felizinha e tal, aí ela perguntou, DE NOVO, como que a cama quebrou.
- Já falei, mãe. Eu sentei na cama e ela quebrou.
- Mas foi assiiiiiim mesmo?
com voz de desconfiada.
- É mãe, foi assim mesmo. (¬¬)
- Ahh filha, então tá. Lembra que a minha cama também quebrou assim? Seu pai foi sentar e, coitado, caiu e blá blá blá...

PONTO.

Minha família é toda engraçadinha, cheia de me zoar por tudo.
PONTO FINAL.
*
Domingo agora foi aniversário da minha avó, mãe da minha mãe.
E eu, cérebro de minhoca, esqueci de ligar na hora da comemoração, quando estariam reunidas todas as pessoas lá e eu aproveitava já pra dar um alô.
Quando lembrei, já passava das onze da noite... tadinha, num ia ligar e acordá-la, né? Então, liguei na segunda. Falei com ela, desejei todas as felicidades do mundo, conversamos um bocadinho, aí ela me disse que minha mãe tava lá, dei um oi também, até que ela me fala:
- Teu primo quer falar com você, e passa o telefone pro dito-cujo.
A pessoa, me vira e me fala o seguinte:
- A gente tá sabendo que a tua cama quebrou. Tua mãe comentou, toda inocente. Hahahaha, sentando na cama, Nathaly? Vocâ acha que alguém acreditou??? Tá todo mundo sabendo já e esperando tu chegar pra tirar o sarro...

¬¬

É né...
Vou ouvir abobrinha de graça.
Antes fosse outra coisa, viu... antes fosse.
Nat
Estou há alguns dias aqui ensaiando pra escrever...

Passei uma semaninha complicadinha por conta de um corazón partío.
O bacana foi que praticamente toda a minha atenção ficou circulando em torno disso na maior parte do tempo.
Fiquei pensando, e revivendo, e me achando o mais azarado dos seres que habita a face deste planeta... e o que eu faço? que atitude eu tomo? e o que eu vou escolher pra mim se insistir? corro atrás, ou não corro??? "que bosta! não vai dar certo, não tem o que eu faça"... e tristeza pra cá, e culpa pra lá, e confusão emocional pra todos os lados... além de mais um monte de questionamentos porque isso, né, sempre tem. SEMPRE.

Mas sorte que a gente tem amigos nessa vida, e no manual de instruções deles tem escrito, entre outras coisitchas, que estas pessoinhas especiais tem a maravilhosa capacidade de executar as seguintes funções:
1) Estar do nosso lado sempre que a gente precisa;
2) Colocar um pouquinho de juízo na nossa cabeça (mesmo quando a gente não quer);
3) Nos fazer rir.

E daí, quando vem a luz e rola de tomar a decisão de se colocar um ponto final na novela mexicana, só estas pessoas mesmo pra ajudar a acalantar aquilo que a gente sente.
Nos ajudam a aceitar que tem horas que não dá mesmo.
Nos fazem perceber que talvez aquele não fosse o melhor momento pras coisas acontecerem.
Nos lembram que somos fortes, que é difícil o que estamos vivendo mas que uma hora vai passar.
E nos fazem sentir que somos especiais...

Essas coisas não tem preço.
Ainda que para todas as outras exista mastercard (eu que o diga! ¬¬), nada nem se compara.

Espero que todo mundo tenha, pelo menos, uma pessoinha assim em sua vida.
Nat
Acabei de assistir pela terceira vez Stranger than Fiction/Mais Estranho que a Ficção (para maiores informações, aqui! Ahh, é em inglês).
Adoro este filme.
Cada vez que assisto, algo novo me chama a atenção.

Desta vez... olha... pra ser concisa e evitar lero-leros, me identifiquei um pouco como o Harold Crick antes da tranformação [/spoilerzinho, sorry!].

Quem assistiu acredito que vai entender - levem a mal não, hoje eu tô pra poucas palavras.
E quem não viu... bom, é uma boa oportunidade para assistir um ótimo filme, anyway.


PS: Lombardi, o lucutor-desconhecido do Silvio Santos, morreu.
Tipo: o.O
Tô chocada, minha gente.
A real é que tô ficando velha, isso sim.
*Consigo me visualizar daqui a cinquenta anos, vendo meus netos chegarem na minha casa pilotando carrinhos como dos Jetsons, e eu dizendo pra eles "No meu tempo, os carros só andavam em coisas chamadas ruas, avenidas e estradas..." e eles me ouvindo com uma cara de wtf, pensando "Gente, que mundo era aquele que a vovó vivia? Nem televisão holográfica existia" ou pensando qualquer coisa parecida.*

Nat
Tem horas que Bauru me irrita profundamente.
Tipo quando vai chegando o verão.
Tipo quando todos os insetos decidem invadir a minha casa e dar uma de kamikazes, se jogando em cima de mim.
Olha gente, aqui tem pra t-o-d-o-s os gostos: tem a época dos grilos (verdinhos e marronzinhos), dos bichos que parecem formigas voadoras (ah! esses aqui tem de diversos tamanhos!), as formigas propriamente ditas, as minimariposinhas (essas são as trends do inverno, e ficam do lado de fora dos vidros das janelas, batendo as asinhas querendo entrar), os besouros, além de uma classe de bichinhos não-identificados que são os mais suicidas ever, porque além deles voarem na sua direção eles se parecem com mini-baratinhas.
Aí já viu, né? Parece uma barata, faz um barulho meio abelióide, eu saio estapeando - depois de dar alguns pulos de susto, óbvio.

Como minha chefe disse outro dia "Ahh, a Nathaly é menina da cidade... não do sítio".
Éééééé, gente, é!
Eu nunca andei a cavalo, eu nunca tirei leite de vaca, eu nunca subi em árvore, eu nunca nadei dentro de um rio, eu nunca peguei carrapato... sei lá gente, o que mais as pessoas que moram na zona rural fazem?
E sei lá, não é com orgulho que eu falo isso tudo. É só a pura constatação de um fato: não tenho nenhuma proximidade ou jeito com mato.
Acho muito legal alguns aspectos da vida em sítios, fazendas: adoro quando eu viajo e vejo boizinhos, vaquinhas e os bezerros pastando; deve ser muito legal cuidar!
Essa coisa também de produzir muito do que se consome: pão, derivados de leite, a carne, os ovos, as leguminosas e frutas etc; a possibilidade de ter um maior espaço para criar plantas de ornamentação, ervas aromáticas ou qualquer que seja outro tipo de planta; o ritmo de vida mais sossegado, menos frenético do que a dos grandes centros; uma probabilidade menor de ser afetado pela violência que rola solta neste mundo, xiiii, tanta coisa...
Por isso, provo que não estou desdenhando a vida na zona rural de nenhuma forma!
Existem muitíssimos aspectos positivos, na verdade.
Só que não sei, nunca fez parte de mim.
Eu sinceramente não conheço esse tipo de vida, muito longe do asfalto.
Terra vermelha? Só vim ver aqui em Bauru, quando entrei na faculdade.
Por isso, acredito que por essas e muitas outras que essa bicharada me incomoda tanto!
Me dá nervoso!!!

E agora que entramos em dezembro e o verão é iminente, cada noite é uma surpresinha boa (NOOOOT!) assim que eu chego em casa.

E o bacana é que depois de quatro anos ainda não acostumei.
So nice!
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Nat
Tempos atrás eu assisti uma palestra de um advogado do Procon, a pedido do setor de RH do meu trabalho, direcionada para os funcionários que, digamos, tenham uma ligeira dificuldade de lidar com seu dinheirinho e, lógico, para todos os outros interessados em ouvir e aprender um pouco mais sobre administração do orçamento doméstico.

Tipo assim... não que eu seja uma louca endividada, não é isso.
Mas meu, tenho gastado muito.
E olha... acho que só esse homem pode me salvar!!!
Gente, como cartão de crédito é uma coisa do mal!
Bad bad server, no donut for you!!
Nunca achei que fosse tão difícil "resistir" à propaganda de fim de ano, com todo aquele clima amistoso e papais noéizinhos fofos, com luzinhas piscando e tudo mais.
E a gente nem entrou dezembro aindaaa!!!

E-U-E-S-T-O-U-C-O-M-M-E-D-O-D-O-Q-U-E-E-S-T-Á-P-O-R-V-I-R-N-A-M-I-N-H-A-F-A-T-U-R-A-D-I-A-Q-U-I-N-Z-E.

Isso porque ainda preciso fazer um agradinho pros meus pais e pro meu irmão, né...
Eles super merecem.
E tipo, tem o 13°, que vai ser parcial, mas vai existir.
Só que né, se num tomar cuidado, eu vou torrar tudo.
Ai ai...

Bem que o tiozinho falou lá na palestra, viu...
Não importa o quanto você ganhe, se quiser ter alguma coisa nessa vida é necessário ter, no mínimo, um pouco de disciplina com dinheiro.
Ou você dita as regras, ou ele te domina (deixa-pra-lá-que-eu-pensei-besteira)... sempre será refém das contas.
Por isso, vou aproveitar que agora chegou o fim de ano e vem todo aquele clima propício para repensar tudo o que passou, quero ver de traçar uns planos mais reais com relação àquilo que quero fazer...
Porque como eu falei outro dia, cacete, começo muita coisa e não termino!
E às vezes essas coisas necessitam das verdinhas pra se concretizarem.

Mas vamos ver...
Sei que essa dificuldade não é só minha, parece ser meio cultural do brasileiro ter dificuldade de lidar com seu dinheiro.
Mesmo porque oi? A nossa economia, historicamente, tem sido uma piada, e hoje que está mais "estável" não visa o desenvolvimento do país e sanar os nossos problemas, e sim pagar juros de uma dívida que nunca vai terminar, além beneficiar quem já tá montado na bufunfa.

(Para maiores informações bem humoradas, favor acessar: malvados)

Mas de verdade, certamente muito da nossa dificuldade, brasileiros-que-não-desistem-nunca (¬¬), de administrar dinheiro tem tudo a ver com fatores históricos, país que foi colônia de exploração, maior parte da população é pobre etc etc.
Difícil, né?
Mas tentemos enxergar um luz no fim do túnel.
Tenhamos fé.
Por favor.
Nat
Hahaha

Digamos que a minha noite de ontem não terminou exatamente como eu queria, mas que foi muito legal de verdade isso foi.

Há tempos eu venho comentando com algumas pessoas que não ando muito na vibe de sair, fico em casa nos meus fins-de-semana, tudo meio xoxinho, sabe...
E a real é que não tava mesmo querendo sair.
Só que né? Desde quando "xoxinho" é a descrição legal de alguma coisa?
Tipo, eu gosto bastante de ficar em casa. Adoro a minha casa, me sinto muito bem aqui.
Só que não é meu programa preferido!
Muitas vezes acabo ficando por aqui por cansaço da semana e receio de me cansar mais, por inércia mesmo e com aquela esperança de que "ficar de boa" é a melhor solução pra recarregar as energias...

... cof cof, bad choice, darlin'...

Pois é... não tem sido a minha melhor opção neste momento da minha vida.
Ainda mais quando o que eu preciso fazer é ver gente, encher essa cabecinha aqui de outras coisitchas, dar risada, passar por situações esdrúxulas, essas coisas que ajudam a gente a deixar de lado o que deve ser deixado de lado, esquecer quem tiver que esquecer e move on, c'mon!

É difícil, ainda mais se tem um apego grande (e generalizado, diga-se de passagem...) ao passado.
Mas não é impossível.
Nat
Porque às vezes, "pouco" é exatamente aquilo que você precisa pra fazer o seu dia.
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Nat
Esses dias parei pra pensar o que vou fazer da minha vida daqui pra frente.
Estive conversando com um colega de trabalho já mais velhos, que tem lá seus cinquenta e poucos anos, e ele começou a me contar uma série de coisas de sua vida, dentre elas um sonho que tinha desde moleque de comprar um carro meio caidão e reformá-lo, deixando de um jeitinho todo especial conforme o seu gosto.
Contou esse e me contou muitos outros, outros desejos, coisas que já tinha realizado...
Como era de se esperar, virou pra mim e perguntou "e você, menina?"
.
.
(silenzio...)
.
.
.
.
Sim, eu me enrolei e não soube direito o que responder.
Na verdade, respondi qualquer coisa, um pouco embaraçada pela situação.
Nem tanto por não ter o que responder com afinco, com paixão. Certas coisinhas a maior parte das pessoas quer: viajar bastante, ter uma estabilidade, família, um amooor etc.
O que me deixou meio que sem chão foi me dar conta de que de-repente-não-mais-que-de-repente tudo que eu queria muito, aquilo que eu tava tocando pra frente ou eu parei pela metade ou me desinteressei.
Como tantas outras coisas, em tantas outras vezes.

E tudo isso tirando toda aquela obrigação neurótica que existe por aí de estar sempre fazendo algo, a vibe sociedade-pós-moderna-mundo-frenético...

Reconhecer e aceitar.
Reconhecer e mudar.
Tudo depende.
Tudo é incerto.
Nat
De nada adianta viver se esforçando ao máximo pra mater a bagunça organizada: invariavelmente, as coisas voltarão a ficar fora de seus lugares.

De nada adianta mostrar-se sempre adequado às situações, querendo sempre que tudo saia da melhor forma, sem desagradar, sem machucar ninguém, sem criar problemas: quão desrespeitoso se estará sendo consigo mesmo?

De nada adianta fechar os olhos com todas as forças pra aquilo que se sente: existe algo dentro de você que é "feio", que vai contra um série de regras sociais difundidas e possivelmente contra seu sistema de valores. Sabendo disso, pense melhor nas suas escolhas.

De nada adianta se preocupar tanto... pois uma enorme parte do que ocorre nessa vida é incontrolável mesmo ou puro fruto do acaso, o que não é algo ruim, embora eu também acredite que não se deva deixar-se à deriva dos acontecimentos.

Nem sempre é possível ser coerente;
Nem sempre a racionalidade é a melhor saída;
Nem sempre dá pra ter tantas certezas;
Nem sempre ser coerente, racional e seguro das coisas te aproxima das pessoas. Muito pelo contrário: pode afastá-las. E de quê vale essa vida se não for pelas pessoas que fazem parte do nosso mundo?

No fim, de nada adianta lutar contra aquilo que se é.
Existem coisas são passíveis de mudança e realmente devem ser modificadas; já outras, não.
Simples assim.
Complicado assim.
Nat

Foto daqui.
Nat
Sabe quando aquela lampadinha acende na sua cabecinha, como nos desenhos animados, e vc percebe que anda muito rabugenta?
Sim, sim, aí eu por acaso dou uma olhadinha no período do mês e oh! Tudo começa a se encaixar...

Pois é, pois é...
Então decidi que ia tornar este estado de espírito em algo útil.
Passei o dia cuidando de mim...
Tô me sentindo linda s2
Poderosíssima de unhas vermelhas, cabelos macios, ai ai...
Muito bom.

Essa fica então como "Diquinha Especial" pra todas as mulheres (afinal, homens num tiram um dia pra se embelezar... ou tiram?) que estão mal humoradas por questões totalmente vinculadas ao seu estado hormonal e além disso, não conseguiram depois de adultas evitar de ficar um final de semana inteirinho ao lado do telefone, esperando tocar.
Total teenager way of life...

Hi Five, amigas!!! ¬¬
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Nat
A minha vontade de hoje era de mudar a cara deste blog.
Mas aí eu descubro que oh, eu não sei fazer uma montagem de fotos!
¬¬
Então, este super plano de sábado a noite ficou prum outro momento.

*
Imagino que pelo menos uma pessoa nesse mundo há de estranhar as frases acima.
Pois afinal, não podemos esquecer de um importante fato.
Uma questão fundamental, eu diria, que se resumiria na seguinte frase:
WTF ARE YOU DOING EM CASA NUM SÁBADO A NOITE?

Sim, queridos, meus fins-de-semana andam bastante agitados.
Depois que o yakisoba chegar e eu jantar, eu pretendo fazer minhas unhas.
E depois disso... quem sabe assistir um ep de House, repetido por sinal?
E ah! Só pra citar que o ponto alto de hoje foi a compra de um guarda-chuva (muito bonito, por sinal, tá? ¬¬).

E tudo isso por quê????
Porque né, fazer planos absurdos, quase que impossíveis num é lá uma atitude muito sagaz da minha parte...
Mas deixa quieto.
Uma hora eu aprendo.

Opa! BEM NA HORA.
O rango acabou de chegar.
Nat
Ontem eu tava meio sem ter o que fazer e fui ler meu horóscopo.
Uma das "dicas" que eu recebi foi tomar cuidado com a tendência "contraditória", oposição entre o que eu falo e de fato faço, no período que vai de meados de novembro até dezembro.

*

Às vezes eu fico me fazendo algumas perguntas tolas, muito tolas.
Just like every person in this world, so it's ok...
E nesse mar de questionamentos que muitas vezes não chega a lugar algum, eu me peguei pensando nas tantas contradições dessa vida afora.
Se pra todo mundo é difícil...
Porque olha, reconhecer que isso acaba surgindo invariavelmente é uma coisa, mas lidar com é outra coisa completamente diferente.

Nice.
Nat
Nesta quarta agora eu decidi ir ao cinema.
Vixi, fazia um teeeeeeeeempo que eu num ia!
O clima meio doido, meio incerto me deixou um pouco indecisa sobre ir ou não, por isso acabei não combinando com ninguém e na hora deu na telha e fui, sozinha mesmo.

Uma FOFURA o filminho!
Se chama UP - Altas Aventuras. Recomendo a TODAS AS PESSSOAS DO MUNDO assisti-lo! É uma animação, da Pixar, em 3D (aliás, gostei dessa historia de 3D... num tinha visto ainda nenhum filme nesse esquema! Adorei!!!). Conta a historinha de um senhor que fica viúvo e a partir deste fato decide realizar um sonho de infância e que permeou todo seu casamento: virar um explorador de florestas, mas especificamente de uma floresta na América do Sul, num lugar chamado Paraíso das Cachoeiras. Para isso, leva sua casa junto numa viagem de balão (achei tão poético.. rs), além de um amiguinho por engano - uma criança muito tudo-de-bom, chamada Russel... Vale muuuito a pena.
Dá pra rir e se emocionar! Eu particularmente até chorei, mas né, eu chorar em filmes não é muita novidade, hahaha, so... rs

Pessoas, fica então a minha recomendação!
Depois, se vocês assistirem, contem aqui o que acharam!
Nat

Achei bonita.
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Nat
Depois de 15 dias de férias-suínas, segunda feira passada as aulas começaram!

Algumas aulinhas boas, outras nem tanto, e vamos ver o que o semestre aguarda de coisas novas para a minha pessoa.

Tô meio tristinha porque acho que não vai dar pra fazer parte de um grupo de estudos que eu tanto queria, mas fazer o quê, ainda não inventaram uma forma de fazer com que estejamos em dois lugares ao mesmo tempo - o vira-tempo da Hermione ia bem agora, hehehe! ;)

Aliás, quem nunca quis um aparelhinho como aquele, que te permite habitar dois lugares simultaneamente? Isso é um pouco insano, acredito eu, porque a partir do momento que conseguíssemos estar em dois lugares, o céu seria o limite... já que conseguimos estar em dois, porque não em três, quatro, sete, nove lugares? Opa, porque não em TODOS os lugares ao mesmo tempo?!
Afff...
Isso é funcionamento de máquina, de robô, sai pra lá pensamento mercadológico... rs
É tentadora esta idéia, da possibilidade de se fazer tantas coisas, mas pra quê querer tanto se já é tão difícil aproveitar aquilo que existe ao nosso redor? Digo isso porque tenho a sensação de que se talvez fosse possível mesmo estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, as pessoas iriam arrumar mais e mais atividades, e não arranjar tempo para ter um tempo para si! Não sei, nuca se sabe, pode ser uma impressão minha... mas só digo isso porque observo essa aceleração absurda no cotidiano do mundo, e o que mais quero é pisar no freio e ter um pouquinho de paz de espírito...

Mas deixando de lado toda essa história, fazendo um balanço geral, a semana foi boa -embora eu ainda esteja desenferrujando -. Fez frio e choveu a maior parte dos dias, o que acabou combinando de alguma forma com o meu estado de espírito. E eu fiquei quietinha, no meu cantinho... não que eu esteja triste nem nada; simplesmente me senti bem com esses dias mais frios e úmidos. Talvez seja saudades de Santos...

*

O domingo vai morrendo, e fica aqui, então, uma imagem com um quê de sentimental, pois muito me lembrou minha cidade natal.



Nat
Hoje decidi que vou ficar em casa.
O coração tá levemente aflito por n motivos, o corpo está cansado, a vontade é de ficar recolhida no meu cantinho.

Como estou com tempo, fiz um bolo que estava com vontade de experimentar há muito, de um blog que visito com bastante frequência (technicolor kitchen, tá até aí do ládo! ^^), que AMO de paixão! Até passei o link para minhas queridas amigas de Santos e sempre que tenho oportunidade, cito pra todo mundo que conheço!

Esse negócio de cozinhar é engraçado.
Lembro que quando mudei pra Bauruland e não sabia fazer nadica-de-nada, ligava pra minha mãe a cada cinco minutos pra perguntar tudo! Aprendi a preparar minha comida pelo telefone, porque quando morava em Santos, eu só sabia fazer gelo, chá e miojo!!! hehehe

Uma coisa que me irritava profundamente na minha mãe era em relação às quantidades: ela faz tudo de olho. Não sabe dizer direito quanto põe de sal, de tempero, de nada... vai preparando as coisas de um jeito mais intuitivo, e pra quem estava aprendendo a cozinhar, isso é terrível! Eu queria morrer com essa história, porque errar no quanto eu colocava de água no arroz, por exemplo, significava comer um treco empapado!

Mas né, como a vida passa e quem cospe pra cima cai na testa, hoje eu faço igualzinho a ela! Faço tudo no olho, vou experimentando, nem sei direito as quantidades que coloco nos pratos que preparo. Lógico que tenho uma noção sim, mas se é uma colherinha, três copos ou um punhado, não sei. Eu coloco, olho, experimento, se ficou bom, beleza! Se tá faltando, acrescento mais.

É realmente incrível como nós ficamos parecidos com nossos pais em certos aspectos... ^^
Hoje eu tenho paixão por cozinhar.
É algo que eu faço e, mesmo estando longe, de alguma forma me sinto mais próxima da casa que parti pra viver a minha vida...
Nat
Oi gente, um bom dia a todos!

Hoje eu vim falar de uma de minhas paixões: cinema.
Mais especificamente, recomendar um filme que assisti e AMEI.
Se chama L'homme qui plantait des arbres.

Trata-se trata de uma animação canadense, antiguinha já (é de 1987, tem minha idade! será que posso ser considerada antiguinha também??? rs)... e olha, tudo nele é poético: desde o próprio desenho, a língua (francês!!!), a história, o texto falado... tudo!

Ahh, é um curta-metragem: tem uns 30 minutinhos.

Este filmitcho foi dirigido (será que é assim que se fala quando estamos nos referindo a um desenho??) por Frédéric Back, que por sua vez fez uma adaptação de uma ficção de Jean Giono, um escritor francês pacifista. A animação participou de vários festivais e recebeu importantes indicações; ganhou o Oscar de melhor curta-metragem animado em 1988.

Uma das coisas que eu mais curti na história foi a sensação boa que me deu depois que terminei de assistir, que eu não sei descrever direito... talvez uma esperança... difícil definir... ^^

Ahh! Eu não vou rascunhar aqui uma sinopse, porque não sou muito boa nisso e num quero correr o risco de estragar a história!
Peço que confiem em mim de que é um filme legal! XD
Gostou?
Quer um link pra baixar por torrent? Clique aqui! ^^
Nat
Eu fiquei em dúvida hoje se deveria escrever ou não.
Mas querendo eu ou não, as coisas tristes e trágicas também fazem parte do meu do cotidiano e do de cada pessoa que habita este planeta - e o nome do meu blog é (implicitamente, "meu") Cenário Cotidiano, não é?
Pois bem.
Embora eu me esforce para me manter no meu mundo cor-de-rosa pálido - que já não é rosa-choque porque perdeu faz tempo a inocência infantil - que eu criei pra levar esta vida, tem hora que certos acontecimentos perpassam essa "proteção".
E hoje de manhã ocorreu que um funcionário do local onde eu trabalho morreu, num acidente terrível de carro. Na hora que eu soube deu aquele embrulho no estômago... vi o cara outro dia, sabe? Foi ele quem finalmente resolveu o problema do meu computador há mais ou menos uma semana, depois de mil estagiários passarem por lá, até comentei isso no twitter outro dia. E eu já o conhecia faz um tempo também, por conta do contato na faculdade.
Nossa, pensei muito sobre isso hoje... mortes repentinas sempre causam uma "coisa" em´todos nós, não é?
Sei que essa situação de causar a tal estranheza muito grande se dá por n motivos, mas o que eu, Nathaly, sinto é que isso ocorre principalmente por nos mostrar o quanto são incontroláveis certas coisas que acontecem e podem acontecer na nossa vida.
Se o que rola é destino ou acaso?
Não sei. Isso depende das crenças e interpretações que cada um dá para o mundo ao seu redor, e eu total respeito essa particularidade de cada um, embora as minhas possam ser diferentes.

De tudo que aconteceu hoje, depois de mergulhar em mil pensamentos e fazer outras mil reflexões, a única certeza que eu tenho é do sentimento que estou sentindo: se de fato existe algo além, espero que ele esteja em paz neste lugar, de coração. E embora ele num tenha sido uma pessoa próxima minha, apenas conhecido e colega de trabalho, dedico este post a ele, à sua memória, à família que ficou, à lacuna que deixará no mundo de seus entes queridos... reconheço que sua ausência será muito sentida no mundo de alguns, e desejo a estas pessoas o que pode haver de melhor.

Nat

Um olá para todos!

Fuçando no meu site preferido para fotos, (esta belezura) encontrei essa simpática xicrinha de café... e me deu uma vontade de escrever!
Tudo porque o café tem sido um dos meus maiores companheiros das manhãs ultimamente...
O tempo passa e a pessoinha aqui continua tendo dificuldades de acordar cedo e de se manter acordada... então né, a gente vai dando um "jeitinho" até q tudo se encaixe mais ou menos. Café foi a minha solução - porque dormir mais cedo é difícil...

E aproveitando que se trata de uma bebida estimulante - e dando uma viajada na maionese, pra variar - aproveito para simbolicamente representar este momento: (provável) última semana de férias. É bom ir aquecendo os motores, porque depois que começar até o fim do ano vai ser pauleira!!!


E ah! Eu consegui descansar sim...
O único lado positivo dessa história toda de gripe suína foi que eu tive um tempinho de verdade para "desligar".
Mas agora a vibe é outra, e vamo-que-vamo!
Nat

Hoje começa o meu descanso.











Teoricamente.
Nat
Salut everybody!

Hoje senti vontade de dividir com vocês algumas coisas que tenho refletido sobre o amor.

Ahhh, o amor... (voz doce e reticente)
É, o amor.
Teminha complicadinho, né? Eu sei, eu sei... but, como eu adoro uns abacaxis-lutadores-de-esgrima (= problemas desafiantes) de vez em quando na minha vida, vamo que vamo.

Tanta gente nesse mundo já teorizou sobre, que eu num tenho a mínima pretensão de falar do amor como uma coisa geral ou mesmo lançar minha teoria própria.

MEGA PARÊNTESES: Hahaha, a auto-estima vai bem, obrigada, porém tá longe de atingir os níveis paranóides de quebra com a realidade. Eu tenho noção de que num tenho cacife para escrever neste nível de complexidade neste momento da minha vida! ;)

Como boa estudante de graduação, vou me limitar a citar idéias de quem já muito pensou/pesquisou/quebrou a cabeça sobre, mas né, como isso aqui num tem pretensão de seguir as normas da ABNT (Seria o cúmulo! Sai pra lá ABNT, este texto não te pertence!!!) e o blog é MEU, posso falar algumas eventuais abobrinhas e serei perdoada.

Recentemente, comecei a ler "A Insustentável Leveza do Ser" pra fazer um trabalho na faculdade e olha, estou gostando muito. É engraçado porque a leitura me deu uma perspectiva nova, coisas que eu particularmente nunca tinha pensado: Kundera mostra que a quantidade de desencontros entre as necessidades das pessoas dentro de uma relação é muito maior do que o número de encontros. Um nunca consegue atingir, de fato, o outro, e mesmo assim a trama vai se desenrolado.

O livro trata particularmente das relações afetivas entre homens e mulheres: como mesmo cada um fechado em seu mundinho, vivendo em sua ilha e nunca sendo "tocado" de verdade pelo outro, consegue estabelecer relações com este outro.

O amor me pareceu, neste contexto, um sentimento extremamente narcísico. Não que eu esteja negando esta tendência, nem dá também né, seria o cúmulo da ingenuidade achar que existe uma doação de uma das partes sem um ganho da outra... o que eu senti que me levou à classificação de extremo narcisismo foi o caminho trilhado pelos personagens: quanto mais mergulhavam em si mesmo, mais perdiam um ao outro. A vida de Tomás parecia impensável sem suas corriqueiras puladas de cerca; Thereza, por sua vez, não conseguia aceitar as traições do marido como algo natural, sempre sofria demais com isso. O diálogo sobre as necessidades de cada um era praticamente inexistente... e eu comecei a pensar se este "diálogo" realmente existe entre as pessoas.

Neste ano eu assisti uma palestra do Christian Dunker, um lacaniano (= estudioso de Lacan, psicanalista francês) que tinha uma oratória fantástica (#queroserquenemelequandocrescer).
Uma das coisas que ele falou foi que nós nunca entramos em contato com o outro, com aquilo que este outro quis dizer; cada sujeito está sempre dialogando consigo mesmo, com aquilo que lhe diz respeito, e só escuta ou entende aquilo que lhe é familiar e lhe pertence, nunca entramos em contato com a perspectiva deste outro.

Achei isso BI-ZARRO!
Nunca tinha pensado desta forma.
Me tirou TOTAL do meu paradigma, sabe?
Achei muito válido, e explicou muitas coisas que eu vivi e percebi de uns tempos pra cá. Só que outro lado, eu fiquei com a seguinte dúvida: até que ponto estas teorias que dão um grande foco ao apecto individual para tentar explicar o processos diversos do ser humano e de sua vida não são apenas reflexo desta visão de mundo vigente atualmente? A centrada no individualismo?
Mas aí, eu fui mais longe também... pensei: até que ponto É POSSÍVEL fazer este recorte, se estamos todos inseridos nesta realidade? Algumas pessoas fazem saltos (Einstein, Freud, Stephen Hawking) conseguem quebrar com a visão de mundo hegemônica e dar uma nova explicação pra ela, mas na boa? É só mais uma explicação que NUM VAI ATINGIR A VERDADE VERDADEIRA. A gente pode até ter esta impressão, mas dali a num-sei-quanto-tempo, vem um outro cientista doido e põe tudo por água a baixo.

Tipo, é importante e muito legal tudo isso, num sou de nenhuma forma contra a Ciência!
Muito pelo contrário: precisa mesmo ir atrás de entender as coisas!
Só num dou este estatudo de verdade única e possível, porque isso não se sustenta. A Ciência por muito tempo criticou absurdamente a religião (e convenhamos que foi super necessário...), mas chegou-se num ponto de ela própria ter se tornado um tipo de.

Bom, este post sobre Ciência fica prum outro dia.
Acredito que peguei este gancho por conta de algumas questões pessoais minhas (= "ligeiras" dificuldades em fazer escolhas...), o que acaba tendo tudo a ver com o que o Dunker falou, assim como Kundera em sua história: nas nossas relações com o mundo, só estabelecemos vínculos, agimos etc com aquilo que nos diz respeito; por isso sobram tantas brechas e tantos desentendimentos com este outro...

Tantas suposições...
Será será?
Nat
Hahahahaha!
Vai vendo que eu já começo o post rindo!

Mas num é gente, decidi que eu tinha que dividir com vocês algumas das minhas experiências com moto-taxis!

Hoje de manhã, pra variar, eu estava atrasada e decidi que não iria me submeter ao sistema de transportes de Bauru porque quem mora aqui sabe (¬¬): os onibus passam em horários aleatórios, que eu não sei porque antes eu vinha de carona trabalhar. Como da última vez que eu peguei ônibus fiquei 20 min esperando o bonito e mega-me-atrasei, num quis repetir a dose! Aí, a escolha do moto-taxi, depois de muito ponderar os prós e contras...

Porque depois de muito ponderar? Vocês podem querer me perguntar.
Hahahaha, pelo seguinte: eu sou um ser medroso quanto a andar de moto-taxi.
Tudo bem, eu admito que tenho uma parcela de culpa nesse receio que tenho na relação eu-mototaxi/mototaxi-e-eu porque no geral eu sou bundona.
Mas sabem qual o principal problema? As motos correm.
MUITO.
Meu coração palpita até...

Há umas duas semanas atrás, eu precisei pegar uma moto pra vir pra faculdade também. Assim que o mocinho chegou em casa, olhei pra ele e pensei "seja o que Deus quiser".
Olha, quero acreditar que Deus num queria aquilo pra mim não, viu?
Primeiro que o cara correu mais do que precisava. Assim, eu tava com pressa, mas num era tanta, sabe? Queria assegurar a integridade física do meu corpo evitando acidentes, acredito isso ser importante, né não? ¬¬
Pois bem, pois bem...

Mas a velocidade naquele dia nem foi o fator mais importante. O lance maior foram as ultrapassagens.
O cara fez uma manobra de ultrapassar três (TRÊS) carros que estavam andando lentamente por causa de um daqueles caminhões que carregam cimento, em pista simples (SIMPLES!). E lógico que depois ele quis ultrapassar o caminhão! Olha a onipotência narcísica ae, minha gente!
O pobrema era que aquela ultrapassagem num dava muito pra ser feita, quem conhece o atalho pra chegar na Unesp sabe, tem uma rua cheia de árvores baixas q você num consegue passar ali de moto direito, só se ficar abaixado...
Já imaginaram né, o que ele fez? ¬¬

Num outro dia, andei com um que queria a minha amizade e, quem sabe, uma "coisinha" a mais.
Começou a puxar papo comigo, falando que conhecia um monte de gente da Unesp, citou uns nomes e cursos aleatórios, perguntou meu nome. Falou que ia nas festas de vez em quando e que quem sabe que gente num se encontraria lá qualquer dia desses!
MEDO, né, gente?
Puxar papo é uma coisa. Tipo, eu sou uma pessoa simpática, costumo responder às pessoas.
Só que a gente sente quando a pessoa confunde as coisas e que daquele mato vai sair cachorro.
Aí, eu já comecei que nem respondia nada que ele falava direito... só murmurava "Ahhhh", "É?", "Humm".
Depois quando eu desci e paguei o cara, ele perguntou se eu num passaria meu telefone pra ele.
o.O
Bi-zar-ro.
Falei que namorava e que tava de boa, e logo saí andando sem nem esperar ou olhar muito pra cara dele.

E só pra finalizar, hoje o cara da moto tava usando uma jaqueta que tinha escrito "cachorro louco".
Raciocinem comigo:
CACHORRO LOUCO = VIDA LOUCA = ALTA VELOCIDADE.
Bacana, né? rs
Nat
Nossa gente, tô só o pó.
Como se não bastasse as coisas da faculdade e os dramas pessoais, eu tb tô estressada no trabalho.
So cool... ¬¬

E O PIOR: EU TÔ DE GREVE E TÔ ESTRESSADA.
(Sou funcionária pública, pra quem não sabe)
Porque lógico que tem gente nesse mundo que num gosta de ser contrariada... aí, vc fala COM A MAIOR EDUCAÇÃO DO MUNDO (e não estou sendo irônica) e a pessoa fica bravinha e arranja mil motivos pra te perseguir, te queimar, falar mal pelos corredores...
So cool... ¬¬ [2]
O mais legal é quando essa pessoa trabalha há, sei lá, 20 ou 25 anos no lugar, e vc só há quase três meses...

Isso me estressa demais.
DE-MAIS.
Porque é desnecessário. Foi um aborrecimento completamente inútil, e num sou só eu que tô no rolo que achei isso. As pessoas concordaram comigo quanto à minha atitude, num dei uma de funcionária-nova-sem-noção, foi o ser surtado que se sentiu melindrado e começou a encher meu saco.

Cristo, é necessária muita paciência. (#beijosmeligaDalai)
E eu, como pessoa que NÃO PÕE AS COISAS PRA FORA EFICIENTEMENTE, fico daquele jeitinho, né... tudo se voltando contra mim mesma.
So cool... ¬¬ [3]

---
Olha gente, tô pensado seriamente em fazer aulas de boxe.
Aí quem sabe numa próxima vez que um ser-qualquer-da-vida-cotidiana me torrar as pacênça, eu dou aquele soco que o indivíduo vai a nocaute, e eu descarrego tudo logo ali e acabo com meus problemas...

O quê?
Num é uma boa idéia???
Tá bom, tá bom... eu sei... =/
Mas ainda assim a idéia de fazer aulas de boxe pr aliviar o stress me parece uma boa.
Nat
De manhãzinha, quando chego no trabalho, um dos meus colegas sempre liga na estação da Radio Unesp e deixa tocando, até que nossos afazeres se tornem imperativos e precisemos desligar.
É incrível como as músicas sempre de algum jeito me tocam.
Hoje foi À Primeira Vista, do Chico César.

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Salif Keita dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei


Não, não estou apaixonada. O amor que tenho sentido é diferente [piada interna detected].

Essa música me lembra uma novela que passou na rede bobo (okei, rede Globo) há muuuuito tempo. Lógico que eu não vou lembrar qual era (¬¬)... mas eu era criança-talvez-quase-adolescentes e me traz lembranças boas, além de se comunicar também com o que eu estou vivendo - e, quem sabe, com o que está por vir.

Por curiosidade, alguém lembra qual o raio da novela era?
Nat
O congresso acabou no sábado.
Uma sensação ótima me tomou por completo! Sabem aquela que se sente quando um trabalho foi bem feito, executado da melhor forma possível? Pois é! Bem isso que eu senti na tarde do sabadão, no finalzinho dela, quando fizemos o "encerramento" das atividades. Tava todo mundo já mais relaxado, brincando uns com os outros, fazendo farra, com o sorrisão no rosto.
Erros ocorreram? Sim, alguns ocorreram, estressaram bastante, mas no fim deu tudo certo. O pessoal mandou muito bem, ficaram na faculdade das 8h da manhã até às 22h, às vezes mais. Só que ver o evento acontecendo, as pessoas elogiando, conhecer os profissionais (e ir jantar com eles no Baby Buffalo!), ver todos se unindo pra fazer o negócio dar certo foi muito bom. Fiquei muito feliz e muito orgulhosa por fazer parte do CAPsi, por estar do lado da galera e construir essas coisas com eles. Parabéns para todos nós!!! XD

Comemorar também é sempre muito bom, né?
Ainda mais quando é regado à tequila!!! Com direito a ritual e tudo!
Final da noite, geral tava extravasando dançando funk (é, eu tava lá no meio... sempre estou! XD), cantando, bebendo, dando risada, chorando, fazendo montinho, incomodando casais in love, contando história, batendo-a-cabeça-na-parede-e-lembrando-dos-problemas-dos-certificados (hahahahahahaha), ou mesmo curtindo o show do Cordel que rolou no Vitória Régia na Virada Cultural baurulina! Dia seguinte ninguém lembrava da metade do que fez!!! Viva as cervejas remanescentes do coquetel! Viva Jose Cuervo também! ;)

No final, super valeu fazer parte da organização do evento.
Vi algumas poucas palestras (por conta do meu horário de trabalho também) e gostei bastante; valeu muito mesmo.

Sensação boa ainda permanece em mim...
Nat

Isso mesmo: outro post da série Obras de Woody Allen!
Desta vez, um texto-não-spoiler que mostra uma outra faceta do véião: o humor retratado por meio das palavras.
Bão minha gente, este textículo que eu coloquei acá para vocês é um conto retirado do livro Cuca Fundida, que reúne alguns dos que foram publicados na revista New Yorker. Este se chama Minha Filosofia. Hauhauahuahau, eu si divirto de-mais com ele!
Enjoy!!!

"Querem saber como comecei a desenvolver minha filosofia? Foi assim: Minha mulher, ao convidar-me para provar o primeiro suflê de sua vida, deixou cair acidentalmente uma fatia dele no meu pé, fraturando com isso diversos artelhos. Médicos foram chamados, raios X tirados e, depois de examinado do tornozelo aos pés, mandaram-me ficar de cama durante um mês. Durante a convalescença, dediquei-me ao estudo dos maiores pensadores ocidentais - uma pilha de livros que eu havia reservado justamente para uma oportunidade dessas. Desprezando a ordem cronológica, comecei por Kierkgaard e Sartre e depois passei rapidamente para Spinoza, Hume, Kafka e Camus. Não me entediei nem um pouco, como supunha. Ao contrário, fiquei fascinado pela lepidez com que esses gênios demoliam a moral, a arte, a ética, a vida e a morte. Lembro-me de uma observação (como sempre, luminosa) de Kierkgaard: "Toda relação que se relaciona consigo mesma (ou seja, consigo mesma) deve ter sido constituída por si mesma ou então por outra". O conceito trouxe lágrimas aos meus olhos. Puxa vida! - pensei - isso é que é ser profundo! (Eu, por exemplo, sempre tive dificuldades na escola com aquele clássico tema de redação "Meu dia no zoológico")É verdade que a frase continuava completamente incompreensível para mim, mas que importava isto, desde que Kierkgaard estivesse se divertindo? De súbito, convencido de que a metafísica era a obra que eu estava destinado a escrever, tomei papel e lápis e comecei a rascunhar minhas primeiras reflexões. O trabalho progrediu depressa, e em apenas duas tardes - com intervalo para uma soneca e para assistir um desenho animado - consegui completar a obra filosófica que, segundo espero, não será divulgada antes de minha morte ou até o ano 3000 (o que vier primeiro), e a qual me garantirá um lugar de honra entre os maiores pensadores da História. Eis aqui uma pequena amostra do tesouro intelectual que deixarei para a humanidade - ou pelo menos, até a chegada da arrumadeira.
1. Crítica do Horror Puro
Ao formular qualque filosofia, a primeira consideração sempre deve ser: O que nós podemos conhecer? Isto é, o que podemos ter certeza de conhecer ou de saber que conhecemos, desde que seja algo conhecível, é claro. Ou será que já esquecemos e estamos apenas com vergonha de admitir? Descartes roçou o problema quando escreveu: Minha mente nunca poderá conhecer meu corpo, embora tenha ficado bastante íntima de minhas pernas. E antes que me esqueça, por conhecível não me refiro qo que pode ser conhecido pela percepção dos sentidos ou ao que pode ser captado pela mente, mas ao que se pode garantir ser Conhecido por possuir características que chamamos de Conhecibilidade pelo conhecimento - embora todos esses conhecimentos possam ser ditos na frente de uma senhora.
Será que podemos realmente conhecer o universo? Meu Deus, se às vezes já é difícil sairmos de um engarrafamento! O problema, no fundo, é: há alguma coisa lá? E por quê? E por que tem que fazer tanto barulho? Finalmente não há dúvidas de que uma característica da realidade é a de que lhe falta substância. Não quero dizer com isso que ela não tenha substância, mas apenas que lhe falta. (A realidade que estou falando aqui é a mesma que Hobbes descreveu, só que um pouquinho menor.) Logo o dito cartesiano Penso, logo existo seria melhor expresso na forma de Olha, lá vai Edna com o saxofone! . Do que se traduz que, para conhecer uma substância ou uma idéia, devemos duvidar dela e, ao duvidar, chegamos a perceber as características que ela possui em seu estado finito, as quais são por si mesmas ou de si mesmas ou de qualquer outra coisa que não tem nada a ver. Se isto ficou claro, podemos deixar a epistemologia de lado provisoriamente e mudar de assunto.
2. A Dialética Escatológica como um Meio de Conbater o Herpes
Podemos dizer que o universo consiste de uma substância e a esta substância chamaremos de átomos ou, quem sabe, de mônadas. Demócrito chamava-a de átomo. Leibnitz preferia mônadas. Felizmente, os dois nunca se encontraram, se não teríamos pancadaria da grossa. Estas partículas foram acionadas por alguma causa ou princípio subjacente, ou talvez tenham apenas resolvido dar uma voltinha. O fato é que já é tarde para fazer qualquer coisa a respeito, exceto provavelmente escovar os dentes quatro vezes ao dia. isto, naturalmente, não explica a imortalidade da alma. Não implica sequer a existência da alma nem chega a me tranquilizar quanto à sensação de estar sendo seguido por um guatemalteco. A relação causal entre o princípio-motor (i.é, Deus ou uma ventania) e qualquer conceito teológico de ser (entre outras palavras, o Ser) é, segundo Pascal, tão lúdica que nem chega a ser engraçada (ou seja, engraçada). Schopenhauer chamou a isto o vir-a-ser, mas seu médico diagnosticou-o simplesmente como alergia a penas de ganso. No fim da vida, Schopenhauer tornou-se amargurado por este conceito, ou talvez tenha sido pela sua crescente suspeita de que não era Mozart.
3. O Cosmos a 5 dólares por dia
O que é, então, o belo? A fusão da harmonia com a virtude? Ou da harmonia com qualquer outra coisa que apenas rima com virtude? Se tivesse fundido com um alaúde, o mundo seria muito mais tranquilo. A verdade, como se sabe, é a beleza ou o necessário. Isto é, o que é bom ou possui as características de bom resulta na verdade. Se isto não acontecer, pode ter certeza que a tal coisa não é bela, embora possa ser até à prova d'água. Comoço a me convencer de que tinha razão, e que tudo devia rimar com alaúde. Ora bolas.
Duas parábolas
Um homem aproxima-se de um castelo. Sua única entrada está guardada por hunos ferocíssimos que só o deixarão entrar se ele se chamar Julius. O homem tenta subornar os guardas, oferecendo-lhes o seu estoque de fígado e moelas de galinhas. Não recusam nem aceitam oferta - apenas torcem o seu nariz como se ele fosse um saca-rolhas. O homem argumenta que precisa entrar no castelo, porque está levando uma ceroula limpa para o imperador. Os homens dizem não outra vez e o homem começa a dançar o charleston. Eles parecem apreciar sua agilidade, mas logo se irritam porque se lembram da maneira pela qual o governo está tratando os índios. Já sem fôlego, o homem desmaia e morre, sem nunca ter visto o imperador e devendo a uma loja de eletrodomésticos um piano que havia comprado à prazo.
*
Recebo uma mensagem para entregar a um general. Galopo, galopo e galopo, mas o quartel general parece cada vez mais distante. De repente, uma pantera negra gigante salta sobre mim e devora meu coração e meu cérebro. É lógico que isso estraga definitivamente a minha noite. Por mais que eu corra, já não consigo chegar ao general, o qual o vejo a distância, de cuecas, murmurando a palavra "nóz-moscada" contra seus inimigos.
Aforismos
* É impossível encarar a própria morte objetivamente e assoviar ao mesmo tempo.
* O universo não passa de uma idéia passageira na mente de Deus - o que é um pensamento duplamente desagradável se você tiver acabado de pagar a entrada de sua casa própria.
* Não há nada de mal com a vida eterna, desde que você esteja convenientemente vestido para ela.
* Imaginem se Dionísio ainda estivesse vivo! Onde iria comer?
* Não apenas Deus não existe, como tente encontrar um bombeiro num fim-de-semana
Nat
Não existe eu não dormir direito.
Simples assim.

Eu queria muito ser o tipo de pessoa agitadona, que dá um chega pra lá na canseira pós-balada, toma um banho e um café e vai pra aula, pro trabalho, ou pra faculdade.Assim, passa o dia meio ruim (lógico né, num é de ferro), mas vai-que-vai.
EU QUERIA SER ASSIM.
Mas não sou.
Infelizmente não sou. Nunca fui.
Ou ia pras festas da faculdade festa de noite ou ia pra aula no dia seguinte.
Se invento de fazer os dois no dia seguinte me sinto acabada, em frangalhos, querendo reclamar a infelicidade da minha vida, "Oh Cristo como eu estou cansada". Pode parecer um mega exagero, mas SÉRIO MESMO, é assim que eu me sinto. Meu psicológico fica mega zoado. Odeio isso, mas num tenho como não ficar assim. E se eu fico evitando pensar nisso, falar ou não descansar, me sinto pior ainda - acredite, eu já tentei =/

É né, gente, algumas características nossas são tão contramão ao ritmo de vida que a maior parte da população mundial leva e mesmo assim precisamos ir dando uns "jeitinhos", pra não ir nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Agora me veio na cabeça a bizarra jornada de trabalho dos japoneses, tipo, 14 horas por dia trabalhando... ou mesmo a situação precária dos trabalhadores dos países subdesenvolvidos (vide africanos de várias nacionalidades, asiáticos - trabalhadores da Nike e GM, etc), que, sei lá, ganham o equivalente a uma bala juquinha por dia de serviço... cara, que diabo de mundo é esse de uma exploração absurda do ser humano, não é? E das mais variadas formas... o.O

Acho que este parágrafo até merece uma tirinha dos Malvados:

Crítica social mode off.

Toda uma viagem na maionese de assuntos não muito conectados porque eu não dormi direito.
Melhor ir fazer outras coisas ou daqui a pouco vou achar uma conexão com, sei lá, a crise política do Mianmar.
E né?
Gosto de política mas tudo tem limite nessa vida.

Nat
Manja stress???

Pois é.
Sejam bem-vindos à minha semana...
E hoje é só segunda-feira.

Nat
(Manja Spoiler? Não? Então, basicamente, se você não viu o filme do velhinho-querido e não quer saber de alguns detalhes importantes, não leia o post, ok?)

Assisti semana passada Vicky Cristina Barcelona, o último filme do Woody Allen (se não me engano), lançado em 2008.
Hahaha, entendi o frisson que determinadas cenas causaram, principalmente a do beijo entre as lindíssimas Scarlett Johanson e Penélope Cruz. E o Javier Barden também, nossa, que ser humano é aquele? Que charme, que tudo-de-bom... ai ai (suspiro).

Quero ir para Oviedo também. Quero passar um verão na Espanha fazendo curso de fotografia, conhecendo a música, a culinária, os pintores e os poetas das regiões pelas quais eu passar... ai ai (suspiro denovo)


Nem preciso falar que viajei no filme, né? Dá uma olhada nesta foto da Vicky com Juan! Olha este azul... ai ai (suspiro ^9284967509249759)

Hahaha, acho ótimo que o Woody Allen dá um jeitinho de colocar sempre um (ou muitos)elemento psicanalítico na trama. Dar uma fanfarroneadinha, sabe?
Desta vez, foi a questão da resolução feminina do Édipo, que segundo Freud, se dá apenas quando a mulher tem um filho homem - tipo, não só isso, existem outras coisas envolvidas também -. Durante o diálogo, senti que rolou uma sutil ironizada disso, só que ao longo da história houve sinais e mais sinais de que a tal personagem que falou a frase era meio infeliz no casamento, incompleta, um lance meio que envolvendo a angústia de separação feminina: como ela num tinha coragem de largar o marido por ser um porto seguro, continuava ao lado dele insatisfeita, incompleta. De certo modo, sem ter seu Édipo resolvido por não ter filhos. Gosto dessa zoadinha que ele dá, sabe? Num dá pra ter certeza se envolve os conflitos edípicos, fica no ar a sugestão.

Outro coisa que aparece no filme mas dessa vez num foi eu quem percebeu e sim minha professora, é o lance da montagem perversa do casal Juan Antonio (Javier, mí querído) e Maria Elena (Penélope Cruz).
Montagem perversa, wtf? Estará você, se perguntando.
Vem cá que a titia explica.

Paaara a Psicanáááálise, existem três tipos de personalidade: Neurótica, Psicótica e Perversa.
Neuróticos somos quase todos nós, a maioria dos indivíduos que habitam este planeta: são aqueles que colocam à frente dos desejos pessoais as regras da sociedade, regras tais que, em última instância, mantém o funcionamento e possibilitam a vida em agrupamentos humanos - afinal, nós somos uma espécie de animais sociais.
Já o perverso é o carinha que liga o dane-se pra regras & tabus, satisfazendo seus desejos independente de serem aceitos ou não, tendo um respaldo legal ou não. Neste grupo, temos os pedófilos, os estupradores, os serial killers e mais todo tipo de gente que transgride legal as regras sociais, que neste momento num consigo mais pensar em outros exemplos.
Com o psicótico fica da seguinte forma: por existir uma quebra com a realidade externa, toda a formação dessa noção do que é certo e errado (= construída socialmente, é sempre bom lembrar) se compromete. A partir daí né, tudo fica meio zoneado...

OK.
Mega parágrafo só pra coinseguir explicar o que é montagem perversa.Vamos lá.
A tal da montagem perversa ocorre quando duas pessoas que não necessariamente tenham a personalidade perversa (podem ser dois neuróticos, por exemplo) se relacionam e a coisa funciona de uma forma que ou apenas um dos lados ou mesmo os dois agem com características perversas: querem de qualquer modo satisfazer seus desejos (algo puramente narcísico), sem de fato conseguir se relacionar com o outro. Aí, pode dar problema... pensando no filme, os personagens do Javier e da Penélope não conseguiam ficar juntos de jeito nenhum, embora se amassem muito. O elemento que neutralizava as conturbações do casal era Cristina, mas mesmo ela que passou um tempo vivendo como amante de ambos, em um determinado momento não teve mais suas necessidades atendidas por aquela relação, desistiu dela e voltou para os EUA.

Enfim, montagem perversa é isso.

A resolução final do filme é que as pessoas não-mudam-mesmo-mudando (Dialética mode off).
As personagens passaram por uma infinidade de coisas ao longo do verão espanhol, but continuaram as mesmas quando voltam para os EUA. De certo modo eu concordo com isso porque as mudanças sempre demoram mesmo para acontecer em nossas vidas. Mas sei lá, ficou um ar meio fatídico no fim do filme que eu num curti muito, sabe? Tipo: olha-como-mesmo-depois-de-tudo-que-elas-passaram-não-adiantou-nada. Manja House? The same idea: people-don't-change.

Ahh, eu num deixo de crer na mudança, né?
Afinal, olha a minha profissão. Lógico que sem fórmulas mágicas e talz.
Mas deve ser por isso que o final me incomodou, por conta dessa idéia implícita de inexorabilidade do Eu.


Enfim, vai saber...
Quem é que consegue descobrir todos os seus porquês?

Nat
Vejam bem, minha gente: eu e minhas rimas bouas... ¬¬

Pois é.

Mal começou o mês e eu já quero que acabe.
But, o que tem de bom no dia 29, tiaaaa?
Dia vinte-e-nove-de-maio-de-dois-mil-e-nove eu devo voltar pra Santos. Pelo menos é o que eu estou programando...
Ahhh, já tô vendo que maio vai me reservar uns picos de stress, viu...
E pra ajudar, num tem feriado.
Tem o meu aniversário, né?
Mas cai numa quarta-feira. Irei "fabricar" um feriado pra mim na sexta.

Deixemos isso de lado.

Ontem postei no blog que tenho com as meninas (depois de décadas se sumiço, diga-se de passagem) sobre mudanças, encarar de frente as coisas que a vida nos trás por mais que doa ou incomode.
Digo pra vocês que tô bem nessa vibe nesses últimos tempos...
E parece que todo o universo conspira pra que eu chacoalhe a poeira e dance o samba do crioulo-doido ali em cima.
E olha que eu vou, hein...
Num tinha momento mais propício pra certas coisas acontecerem.
E o mais importante: não estou com medo.
Começo a ter certeza de que sempre há uma saída pras coisas, uma luz no fim do túnel que ilumina e auxilia no caminho a ser trilhado.




Nat
Olá querido leitor-fantasma,

O post de hoje é sobre um assunto que as pessoas geralmente não curtem muito: política.
(Eu começo bem, né? Percebam minha incrível habilidade de tornar meu texto atraente para as pessoas... ¬¬)
Pois é, política gente.
A grande pedra no nosso sapato, ou melhor dizendo, aquela pedrinha que incomoda constantemente o caminhar dos que andam descalços (realidade brasileira, né?). O rolo aparentemente impossível de ser desenrolado, a vergonha do nosso país, a situação que ninguém sabe como lidar direito por conta dos abusos de poder e da corrupação - ok, eu vou parar por aqui ou a lista ficaria mais extensa do que o equivalente a 20 páginas de arquivo em word e eu não tenho a intenção de ir me aprimorando na arte de escrever pro além.

Ora pois. Não quero entrar no mérito de escândalos de passagens aéreas, de pagamentos de empregadas ou contas de celular pessoais com dinheiro público, de grampos telefônicos que estão sendo contestados, de brigas entre os magistrados do mais alto escalão, nahh, nada disso.

Meu ponto é outro, e talvez vocês partilhem comigo desta sensação.
Me sinto uma idiota lendo jornal*.
Sério mesmo.
Tanto é que costumo começar com os cadernos de cultura - ou seja, aproximações sucessivas** -, leio as tirinhas, vejo o que anda rolando no mundo (= São Paulo, porque no interior num muita coisa, só o show do Julio Iglesias a R$500 o convite - e nem que fosse R$ 10 eu iria...), depois leio os cadernos de gastronomia ou turismo, e aí eu pego o de política brasileira.

Num sei, me dá uma gastura ler o de política, sabe?
Uma resistência a ficar sabendo dessas coisas todas.
A sensação de impotência vem à tona, de vê-los todos fanfarroneando e ter que engolir o sapo. Ouvir um Chupa essa manga! mental toda vez que ler uma dessas notícias.
(E vamos combinar também que num dá pra esquecer de todo o floreamento - para escancarar ou pra encobrir - da orientação ideológica do jornal que pode abrir a possibilidade de dar uma manipuladinha na notícia, né?)

Mas eu arranjei uma saída pra isso: um site!
Acredito que muitos já tenham ouvido falar:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/

É excelente, pessoal.
As críticas dos jornalistas ou dos outros profissionais que escrevem geralmente são muito pertinentes..
É uma outra visão que auxilia no processo do se informar para formar sua opinião.
Fica a dica.



* Aqui falo jornal porque eu raramente vejo televisão. Acredito que isso seja válido também pra quem acompanha os telejornais, revistas, blogs ou sites de notícias, twitter, o amiguinho bem informado, sei lá..

**Mini-dicionário de Psicologia da Nat: Grosso modo, quando pretendemos estabelecer determinados hábitos ou aprender coisas novas, é difícil conseguir logo de cara aquilo que queremos, não é? Por isso o processo vai acontecendo aos poucos: se você quer aprender a ler, primeiro é necessário reconhecer as letras, depois juntar sílabas, ir reconhecendo os sons das sílabas, ir formando palavras etc. Esse "ir aos pouquinhos" é que chamamos de aproximações sucessivas.
Nat
Tenho me sentido um fantoche nas mãos do meu destino.
Como se as minhas escolhas fossem essencialmente ilusórias, impossíveis de ser diferentes.
E os encontro e desencontros ao longo do meu caminho me fizessem enxergar apenas aquilo que está já escrito pra ser, impedido de ver as novas possibilidades.

Depois, quando eu ligo o "anacronic mode" e faço a louca, me sinto desgastada, como se eu tivesse há tanto querendo quebrar com minha realidade que quando o faço, zero minha minhas baterias e volto à condição anterior que eu tanto queria fugir. Como se não adiantasse fazer nada, pois a vida sempre continua a mesma.

Um horror esas sensações (pq eu sei que num é real, é o q eu sinto que seja real).
E, mais uma vez, me vejo dentro de um personagem da Clarice Lispector: sentimentos e pensamentos contraditórios ebulindo dentro de mim, determinando cada ação minha.

........

"Catarse mode" off.
Nat

Isso mesmo: outro post da série Obras de Woody Allen!

Desta vez, um texto-não-spoiler que mostra uma outra faceta do véião: o humor retratado por meio das palavras.

Bão minha gente, este textículo que eu coloquei acá para vocês é um conto retirado do livro Cuca Fundida, que reúne alguns dos que foram publicados na revista New Yorker. Este se chama Minha Filosofia. Hauhauahuahau, eu si divirto de-mais com ele!
Enjoy!!!


"Querem saber como comecei a desenvolver minha filosofia? Foi Assim: Minha mulher, ao convidar-me para provar o primeiro suflê de sua vida, deixou cair acidentalmente uma fatia dele no meu pé, fraturando com isso diversos artelhos. Médicos foram chamados, raios X tirados e, depois de examinado do tornozelo aos pés, mandaram-me ficar de cama durante um mês. Durante a convalescença, dediquei-me ao estudo dos maiores pensadores ocidentais - uma pilha de livros que eu havia reservado justamente para uma oportunidade dessas. Despresando a ordem cronológica, comecei por Kierkgaard e Sartre e depois passei rapidamente para Spinoza, Hume, Kafka e Camus. Não me entediei nem um pouco, como supunha. Ao contrário, fiquei fascinado pela lepidez com que esses gênios demoliam a moral, a arte, a ética, a vida e a morte. Lembro-me de uma observação (como sempre, luminosa) de Kierkgaard: "Toda relação que se relaciona consigo mesma (ou seja, consigo mesma) deve ter sido constituída por si mesma ou então por outra". O conceito trouxe lágrimas aos meus olhos. Puxa vida! - pensei - isso é que é ser profundo! (Eu, por exemplo, sempre tive dificuldades na escola com aquele clássico tema de redação "Meu dia no zoológico")É verdade que a frase continuava completamente incompreensível para mim, mas que importava isto, desde que Kierkgaard estivesse se divertindo? De súbito, convencido de que a metafísica era a obra que eu estava destinado a escrever, tomei papel e lápis e comecei a rascunhar minhas primeiras reflexões. O trabalho progrediu depressa, e em apenas duas tardes - com intervalo para uma soneca e para assistir um desenho animado - consegui completar a obra filosófica que, segundo espero, não será divulgada antes de minha morte ou até o ano 3000 (o que vier primeiro), e a qual me garantirá um lugar de honra entre os maiores pensadores da História. Eis aqui uma pequena amostra do tesouro intelectual que deixarei para a humanidade - ou pelo menos, até a chegada da arrumadeira.

1. Crítica do Horror Puro
Ao formular qualque filosofia, a primeira consideração sempre deve ser: O que nós podemos conhecer? Isto é, o que podemos ter certeza de conhecer ou de saber que conhecemos, desde que seja algo conhecível, é claro. Ou será que já esquecemos e estamos apenas com vergonha de admitir? Descartes roçou o problema quando escreveu: Minha mente nunca poderá conhecer meu corpo, embora tenha ficado bastante íntima de minhas pernas. E antes que me esqueça, por conhecível não me refiro qo que pode ser conhecido pela percepção dos sentidos ou ao que pode ser captado pela mente, mas ao que se pode garantir ser Conhecido por possuir características que chamamos de Conhecibilidade pelo conhecimento - embora todos esses conhecimentos possam ser ditos na frente de uma senhora.

Será que podemos realmente conhecer o universo? Meu Deus, se às vezes já é difícil sairmos de um engarrafamento! O problema, no fundo, é: há alguma coisa lá? E por quê? E por que tem que fazer tanto barulho? Finalmente não há dúvidas de que uma característica da realidade é a de que lhe falta substância. Não quero dizer com isso que ela não tenha substância, mas apenas que lhe falta. (A realidade que estou falando aqui é a mesma que Hobbes descreveu, só que um pouquinho menor.) Logo o dito cartesiano Penso, logo existo seria melhor expresso na forma de Olha, lá vai Edna com o saxofone! . Do que se traduz que, para conhecer uma substância ou uma idéia, devemos duvidar dela e, ao duvidar, chegamos a perceber as características que ela possui em seu estado finito, as quais são por si mesmas ou de si mesmas ou de qualquer outra coisa que não tem nada a ver. Se isto ficou claro, podemos deixar a epistemologia de lado provisoriamente e mudar de assunto.

2. A Dialética Escatológica como um Meio de Conbater o Herpes
Podemos dizer que o universo consiste de uma substância e a esta substância chamaremos de átomos ou, quem sabe, de mônadas. Demócrito chamava-a de átomo. Leibnitz preferia mônadas. Felizmente, os dois nunca se encontraram, se não teríamos pancadaria da grossa. Estas partículas foram acionadas por alguma causa ou princípio subjacente, ou talvez tenham apenas resolvido dar uma voltinha. O fato é que já é tarde para fazer qualquer coisa a respeito, exceto provavelmente escovar os dentes quatro vezes ao dia. isto, naturalmente, não explica a imortalidade da alma. Não implica sequer a existência da alma nem chega a me tranquilizar quanto à sensação de estar sendo seguido por um guatemalteco. A relação causal entre o princípio-motor (i.é, Deus ou uma ventania) e qualquer conceito teológico de ser (entre outras palavras, o Ser) é, segundo Pascal, tão lúdica que nem chega a ser engraçada (ou seja, engraçada). Schopenhauer chamou a isto o vir-a-ser, mas seu médico diagnosticou-o simplesmente como alergia a penas de ganso. No fim da vida, Schopenhauer tornou-se amargurado por este conceito, ou talvez tenha sido pela sua crescente suspeita de que não era Mozart.

3. O Cosmos a 5 dólares por dia
O que é, então, o belo? A fusão da harmonia com a virtude? Ou da harmonia com qualquer outra coisa que apenas rima com virtude? Se tivesse fundido com um alaúde, o mundo seria muito mais tranquilo. A verdade, como se sabe, é a beleza ou o necessário. Isto é, o que é bom ou possui as características de bom resulta na verdade. Se isto não acontecer, pode ter certeza que a tal coisa não é bela, embora possa ser até à prova d'água. Comoço a me convencer de que tinha razão, e que tudo devia rimar com alaúde. Ora bolas.

Duas parábolas
Um homem aproxima-se de um castelo. Sua única entrada está guardada por hunos ferocíssimos que só o deixarão entrar se ele se chamar Julius. O homem tenta subornar os guardas, oferecendo-lhes o seu estoque de fígado e moelas de galinhas. Não recusam nem aceitam oferta - apenas torcem o seu nariz como se ele fosse um saca-rolhas. O homem argumenta que precisa entrar no castelo, porque está levando uma ceroula limpa para o imperador. Os homens dizem não outra vez e o homem começa a dançar o charleston. Eles parecem apreciar sua agilidade, mas logo se irritam porque se lembram da maneira pela qual o governo está tratando os índios. Já sem fôlego, o homem desmaia e morre, sem nunca ter visto o imperador e devendo a uma loja de eletrodomésticos um piano que havia comprado à prazo.
*
Recebo uma mensagem para entregar a um general. Galopo, galopo e galopo, mas o quartel general parece cada vez mais distante. De repente, uma pantera negra gigante salta sobre mim e devora meu coração e meu cérebro. É lógico que isso estraga definitivamente a minha noite. Por mais que eu corra, já não consigo chegar ao general, o qual o vejo a distância, de cuecas, murmurando a palavra "nóz-moscada" contra seus inimigos.

Aforismos
É impossível encarar a própria morte objetivamente e assoviar ao mesmo tempo.
*
O universo não passa de uma idéia passageira na mente de Deus - o que é um pensamento duplamente desagradável se você tiver acabado de pagar a entrada de sua casa própria.
*
Não há nada de mal com a vida eterna, desde que você esteja convenientemente vestido para ela.
*
Imaginem se Dionísio ainda estivesse vivo! Onde iria comer?
*
Não apenas Deus não existe, como tente encontrar um bombeiro num fim-de-semana
Nat
Um espírito "curta o fim das suas férias bagarai" desceu neste corpo que vos escreve.
E tem sido isso que eu tenho feito, de todas as formas possíveis, apesar da minha tpm estar levemente me boicotando, porque né, meu humor flutuante deixa meus dias beeem bizarros (=irritáveis e/ou deprês).

O bacana desse clima "viva intensamente" é que ele me faz pensar no modo como tenho levado minha vida no resto do ano. Eu sei que esse frisson de querer & fazer tudo uma hora passa, só que sei lá, essa coisa num tá me parecendo momentânea, digo, alguns acontecimentos não tão parecendo ser só do momento. Sabe quando você sente que certas coisas estão para mudar? Tipo reviravolta? É né, e eu estou feliz e meio que morrendo de medo. Porque diabos duas coisas tão contraditórias? Num sei se alguma vez falei, mas eu me pélo de medo de mudanças, determinadas mudanças (é bom frisar), que eu sei que estão pra ocorrer; e assim, a parte do feliz é porque coisas muito boas virão também.

XD

Impossível ser mais vaga, né?
Falei, falei, falei e num disse nada.
Ok. Sorry. =/

Mas é só isso que eu posso dizer. Porque num tenho certeza de nada que tá pra ocorrer. É tudo probabilidade. Tipo, uns 96,785% de chance de rolar, mais ainda tem os 3,225% de não ocorrer. E eu ainda não tenho o despendimento de desconsiderar os quase ínfimos 3,225% pra sair falando concretamente sobre as coisas.

But, voltando ao negócio de aproveitar as férias, eu tô suuuuuuper animada com o Carnaval! Com a idéia de viajar com o pessoal, de cair lindo dentro daquela piscina enormeeee que tem na casa da minha amiga, nas festas que faremos (o baile de máscaras PRECISA rolar!!! rs), nas brincadeiras... em ter cinco dias pra esquecer completamente o mundo... ahhhhh! rs

Que venha logo!

Só pra fechar esse post, vai um trecho de uma música que marca bastante o meu momento:

"O entusiasmo no movimento
A atividade na balada
Mais veloz que o vento
Cheio dito na idéia do meu papo reto
Aumenta o som e dance quando tiver por perto
Chega de problema, quero solução
Ô cale a boca, escute a voz que vem do coração
Radicalizando mas com limiteHoje é dia de extravasar, meu irmão
...
Extravasa
Libera e joga tudo pro ar
Eu quero ser feliz antes de mais nada
Extravasa (ê)
Libera e joga tudo pro ar, ar, ar, ar, ar, ar, ar
Nat
Não gente, eu ainda num tô louca.

Sim sim, eu achei uma relação entre essas duas coisas aparentemente sem NENHUMA conecção.

Pois bem.
Estava eu compenetrada lendo o capítulo "Soldado amarelo" do livro, no qual Fabiano está caçando e por acaso encontra o bendito do soldado que o humilhou no passado, tendo neste momento a chance de acertar as contas (= matar) com o tal. Fabiano estando em uma posição privilegiada já que tem em suas mão a vida do sujeito, começa a pensar uma série de coisas e entra em conflito: inicialmente sente uma imensa raiva pela situação que o soldado lhe causou que desemboca na vontade de matá-lo; em um segundo momento, quando os ânimos se acalmam um pouco, ele percebe que é incapaz de fazer mal àquela pessoa mesmo ela tendo lhe causado sofrimento e se irrita profundamente com o fato do soldado não perceber isso. O vaqueiro se vê diminuído, não só porque enxerga aquele que lhe fez mal como uma autoridade sem capacidade de desempenhar este papel - afinal, o soldado era um fracote, um covarde, tinha medo de Fabiano - mas também porque não se considera homem capaz de defender sua honra e mostrar sua força, matando o infeliz.

Ponto final.
É só se ligar na idéia:
"Não se considera homem pois não matou o soldado"

Gente!
E que frase veio na minha cabeça na hora?
"Se eu pudesse eu matava mil, que eu sou cabra homem... se eu pudesse eu matava mil,mil-mil, mil-mil...".

Foi imediato o pensamento!
hahahahahahaha

Só eu pra fazer umas relações dessas, entre um livro clássico da Literatura Brasileira e um funk xinfrim que fizeram com um pobre coitado que foi preso por beber demais.
O legal foi que eu finalmente entendi o Jeremias, porque imagino que a vida dele tenha algumas semelhanças com a da personagem do Vidas Secas. Aí, tive pena do cara. Ainda mais porque existem programas na tv que exploram notícias de coitados como ele.

E viva nosso Brasil! E a mídia BOUA que temos!
Nat
Sábado de madrugada.
Assiti o novo episódio da minha série preferida.
Joguei videogame.
Pensei sobre a vida conversando com um amigo.
Acordei ultra-mega tarde por conta da balada de ontem de noite. E também pela comemoração do dia anterior... sono atrasado.

Este foi meu dia. E ele foi particularmente blah.
Em momentos blah eu sempre penso na vida (e pensei, como falei ali em cima). E acabo sempre chegando à conclusão de que nossas vidas não tem sentido nenhum, embora desesperadamente tentemos encontrar algo em que possamos nos apoiar com segurança.
Alguns até encontram.
Outros acreditam que encontraram, e isso dá no mesmo.
Mas algo que me deixou inquieta foi o link que eu fiz entre uma idéia extraída de uma conversa sobre poker com a vida nossa de cada dia. No jogo a curto prazo (SE VC SABE JOGAR, isso é importante), o fato de você ter perdido não interfere em nada nas probabilidades de você ganhar as próximas mãos; a perda não irá influenciar os próximos resultados num curto prazo. Essa "equidade estatística esperada" só é comprovada se considerarmos o intervalo de tempo = infinito.
E na vida?
O fato de você tratar uma pessoa como espera ser tratado, no geral, não implica que ela vá fazer o mesmo com você. Pode ocorrer como pode não ocorrer. Isso no curto prazo. No longo prazo (= intervalo de uma vida, pq num existe infinito neste sentido, né... apesar de que no poker também não, mas enfim, continuando), como as pessoas procuram não manter relaçãos com quem seja fura-zóio (na falta de melhor expressão) e sim com gente bacana (XD) de alguma forma, ocorre o tal do equilíbrio esperado.

That's all, folks.
See you soon.