Nat

 Nossa, eu estava REALMENTE com saudades daqui...

Estava contando os dias nessa semana pra ter um tempinho pra sentar e escrever!
Tanto aconteceu na minha vida ultimamente...
E uma delas foi o fato de eu ter mudado de casa.

Eu estava PRECISANDO me mudar.
Morar em república não estava rolando mais, tinha um tempo já... mesmo porque eu vivia com pessoas que eram muito diferentes de mim.
E essas diferenças chegaram em um ponto que não estavam somando mais.
Quando é assim, é hora de partir.
Foi o que fiz.

E depois de muitos percalços, coisas que deram errado de última hora várias vezes, tudo se ajeitou e da melhor forma possível.
Sei lá, parece que quando é pra ser, é e pronto, né?
Pois bem... minha alma está até leve...



Hoje eu estou morando com o meu amor.
E estou explodindo de felicidade por isso.
Nossa, como é bom chegar em casa e receber um sorriso gentil, de quem te ama.
Como é bom poder abraçar quando eu quero abraçar, como é bom poder almoçar juntos diariamente, como é bom poder dormir e ter a pessoa amada ao alcance de um braço...
Como é bom poder estar perto de quem nos faz bem, independente de quem essa pessoa seja.

Desde que essa coisa-toda-de-mudança começou, pra ser sincera, tudo que eu mais queria desde o começo era morar com ele.
Só que, naquele momento, isso era impossível...
Mas o mundo deu voltas e mais voltas, muita água passou por debaixo da ponte e parece que alguém sorriu pra mim: "Agora é tua hora".
Deu certo.
A palavra Felicidade é pouco pra definir o que estou sentindo nestes últimos dias.













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Acho que se eu puder dar algum conselho pra alguém com base no que vivi nos últimos seis meses, seria este: quando alguma coisa na sua vida estiver ruim, não se deixe acomodar e continuar empurrando com a barriga.
Por mais dificuldades que as mudanças tragam (e elas realmente podem ser grandes!), muitas vezes elas são necessárias e, no fim, serão benéficas.

Mudar (em todos os sentidos) é difícil, porque, afinal, sair da inércia não é a tarefa mais fácil deste mundo.
Mas pode trazer coisas muito positivas...
Pensem nisso. 

Nat
Tem horas que eu paro e penso "e agora? o quê que eu vou fazer da minha vida, com as minhas coisas?? as minhas dúvidas quanto ao futuro. as minhas angústias mais profundas. a raiva que sinto de mim mesma, por saber e ser o que eu sou, como costumo agir, depois duvidar de tudo isso e ficar sem chão, até voltar de novo às certezas, principalmente aquelas de que dizem respeito às mudanças tão grandes na minha vida e no meu jeito, e o quanto de igual também permaneceu e se repete. tem horas que eu me detesto, e felizmente percebo o quanto estou sendo injusta comigo mesma. tem horas que eu penso em um futuro sombrio, onde perdi tudo de mais precioso que tenho, e aí vejo a minha destrutividade querendo me consumir. ela sempre vai estar ali, é meu papel dizer NÃO. tem dias que são mais fáceis do que outros. às vezes, tudo que eu mais quero é jogar tudo pro alto, não medir consequências, fazer o que dá na telha, e isso é mais frequente do que eu gostaria. aprender a digerir tudo isso, transformar esse sentimento em algo construtivo dá tanto trabalho que eu penso como as pessoas podem julgar o tal do complexo de peter pan com tanta arrogância, quando é tão mais fácil agir como criança, sem muitas responsabilidades? é uma merda ser a pessoa que sempre põe mais peso nos ombros do que deveria. e mais foda ainda é aprender a tirar esse sobrepeso, embora este seja o caminho. sentir a insatisfação e todo tempo e transformar isso em algo enriquecedor, e não em mais cobranças. querer ajudar e perceber-se impotente diante da situação, e suportar. não saber o dia de amanhã, e ainda assim fazer planos, sonhar alto. perceber as injustiças do mundo e não deixar de fazer sua parte. colocar-se no lugar do outro com sinceridade, sem abrir mão de si, tentando chegar a um acordo. procurar agir com justiça, ainda que tenha preferência por um dos lados da moeda. respeitar os limites pessoais, pois não são todos os dias que estamos 100%. aprender a amar e a se perdoar a si mesmo. amar e perdoar os outros. Isso é crescer. boa sorte pra todos nós."
Nat
Oi pessoas!!!

Ainda existo, viu? hahaha
Faz bastante tempo que eu não apareço por aqui, mas prezo muito este meu cantinho.

Semana passada o pessoal do trabalho me passou um texto chamado "Felicidade Realista", da Martha Medeiros. Eu adoro as coisas que ela escreve e acho que esta escritora tem uma extrema facilidade de captar esses dramas cotidianos, principalmente os dramas da mulher moderna. E sendo eu uma mulher moderna (contemporânea, pós-moderna ou sabe-se-lá-o-quê!), ela sempre me faz pensar, mesmo quando escreve algumas coisas que eu, teoricamente, já sei. 


Felicidade Realista 

Martha Medeiros

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

***

Aproveitando o clima pensando-em-minha-vida-e-meus-valores, vi este video hoje e achei muito fofo! Pensei que deveria compartilhar com vocês.
Meu amor que me enviou... ^ ^




Quem ver me diz o que achou!!!
Nat

Finalmente meu feriado chegou adiantado mua ha ha!!!
Pé na estrada pra mim e bom descanso para todos nós!
Nat
Pessoas insones do mundo, querem comprar o meu sono???
Ultimamente, eu tenho sono pra dar e vender...


Ai ai, estou contando os dias pra Páscoa chegar...
Neste feriado, estou me programando pra não fazer NADA. Só curtir a família, passear em Santos com o namorado, comer a comidinha da minha mamãe... e se São Pedro permitir, até pegar um solzinho na praia, porque né, tem hora que até eu me canso da minha cor de barriga de lagartixa.

Mas por hora, é correr muito pros dias de descanso valerem a pena.  
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Nat
Sábado a noite ainda indefinido, eu e meu amor vendo meus links compartilhados no google reader, quando me deparo com este aqui, compartilhado pela Nessa.
São fotos de animais bebêzinhos, a coisa mais cute-cute! Vejam só...


Eis que eu aqui falando da fofura do bebê polvinho (2), e namorado vira e fala "ele parece seu esfoliante"...
hauahuahauahuahauhaua
Pior que parece mesmo!

Nunca achei que ele fosse reparar nisso!

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Nat
É FODA estar no último ano do curso.

E hoje eu não escrevo pra fazer um desabafo sobre as correrias-etecétera-e-tal não, é sobre as escolhas que preciso fazer.
Que caminho vou trilhar na Psicologia?
No quê investirei as minhas energias, meus estudos neste ano?
Pra qual cidade eu vou?
Tento abrir uma clínica, presto concurso, mando currículos pra empresas, presto residência multiprofissional em hospital ou presto um mestrado? porra, nunca quis carreira acadêmica e hoje penso nisso, inferno!

GENTE, QUE QUE EU FAÇO: CASO OU COMPRO UMA BICICLETA???
Meeeeeeu, a coisa tá assim, very tença!

Como é difícil, pqp!

Nat
Nat
Parando um pouco pra respirar, eu tenho visto que estes dias extremamente corridos me fazem pensar um pouco sobre a vida.

Embora eu tenha um jeito e uma cara de pessoa muito calma, isso num é de todo verdade só pra não dizer que é mentira. Ultimamente eu tenho estado muito ansiosa, explodido com bastante facilidade e raiva, muita raiva!
Passei uma semana de cão uns dias atrás, TUDO acontecendo, tendo que fazer tudo, me sentindo sozinha e carente de colo das pessoas que amo.
O mundo todo parecia hostil e minha resposta foi quer jogar uma bomba atômica por aí, na cabecinha de determinadas pessoas.

Acho que o excesso de estimulação foi tão intenso que na sexta eu estava anestesiada.
Comecei a refletir sobre tudo que estava acontecendo na minha vida, todas as dificuldades que tenho passado, o stress e o excesso de coisas e responsabilidades, o lidar e suportar situações não tão agradáveis quanto eu gostaria, tudo-tudo!!!
E a mensagem que martelou na minha cabeça o tempo todo foi: paciência.

Aliás, não só essa... me permiti sentir raiva.
Me permiti explodir, me permiti ser humana.
Me permiti sentir tudo aquilo que eu sempre costumo abafar.
Não é fácil entrar em contato com este sentimento, a raiva.
Eu era o próprio Hulk em pessoa, estava desgastada, e ao mesmo tempo sentindo que precisava por tudo aquilo pra fora.
Mas daquele jeito, descontrolado, estava impossível continuar.

A paciência entra nessa história.
Porque a gente vai percebendo que dar murro em ponta de faca (como diz minha mãe), não adianta.
Sentir aquela raiva, de alguma forma, me fortaleceu.
E eu venho percebendo que mesmos sentimentos que costumam ter uma carga negativa muito grande no imaginário das pessoas, podem ser positivos.

Eu achava que raiva era sempre ruim... tive que me deixar tomar pelo total descontrole pra ver que algo bom poderia surgir dali.
Não que hoje eu seja a zen-budista-equilibradora-da-raiva, hahahaha.
Mas o olhar começa a se transformar, ainda que de forma pequena.
Algo mudou.


...
Nat
Ando tão longe deste meu espacinho...
E como eu sou de ficar traçando paralelos, penso se isso não tem a ver com o fato de a vida estar tããão corrida que eu tenho tido pouco tempo pra mim.

É isso.
Meu cenário cotidiano tá de f@#%&!!!
Olha, só com muito apego a um futuro melhor, viu...
Porque estes dias tem sido difíceis e muito cansativos.
Tantas vezes me pego sonhando com o dia que as coisas estarão mais tranquilas, sabe...

E isso me acalma.

Definitivamente, meu ritmo num bate com o desse mundo.

Nat
À toa nesta vida (será?),
Eu estava aqui em casa, lendo.

Lembrei das minhas amigas, da perspectiva de vida,
do futuro, do que virá a ser.

Achei que todos deveriam ler e pensar um pouquinho sobre si.

*
(trata-se de uma carta de Paulo Leminski a Régis Bonvinciano, do livro Uma Carta Uma Brasa Através)

Out / 77

EPÍSTOLA A RÉGIS

Paulo, o pequeno irmão,
da pequena cidade de Curitiba,
ilha de certeza
cercada de pequenos problemas por todos os lados,
a Régis, grande irmão,
na grande cidade de São Paulo
cercado por um grande problema

...................................


pare de se lamentar
como uma velha carpideira siciliana

esse teu medo de ter secado tua fonte de poesia
é apenas para nos deixar preocupados

eu já te disse
PARA SER POETA
TEM QUE SER MAIS QUE POESIA

v. tem que ser um monte de outras coisas mais
senão daonde?
v. vai acabar fazendo literatura de literatura
v. tem que esculhambar mais
pintar por fora das molduras
EXISTENCIALMENTE

esculhambe-se vire-se altere dê alteração
considere a possibilidade de ir pro Japão
rejeite o projeto de felicidade
q a sociedade te propõe

eu sei
você é paulista
mas ser paulista não é tudo

rompa

fique mais irregular

seja mais inconveniente

é a linguagem que está a serviço da vida
não a vida a serviço da linguagem

a linguagem vem
a urina sai
acontece

fazer poemas não é a coisa mais importante
mas pra quem faz é
e tem que ser assim

o signo é o nosso destino
nossa desgraça e nossa glória

uma aranha sempre sabe
que depois desta teia
virá outra teia e outra teia e outras

uma aranha não duvida

v. vê


não há pressa: mallarmé deixou meiadúzia de coisas
augusto idem
não se importe com a frequência/ a fecundidade/ a abundância
uma década pode esperar um bom poema