Nat
É muito bom poder chegar aqui, dia 31 de dezembro, olhar pra trás e ver quantas coisas boas aconteceram neste ano da minha vida. Foi, definitivamente, um ano de realizações e de aprendizado.

Em 2010 pude provar pra mim mesma que os meus sonhos e desejos são possíveis de serem realizados e não meras fantasias ou coisas inatingíveis. Não consigo exprimir pra vocês o quanto isso foi gratificante. Mesmo que eu tenha demorado muito tempo pra perceber isso, acredito que nunca é tarde. 



Percebo agora que 2010 foi um ano que eu olhei pra dentro, olhei pra mim com profundidade. Foi muito bom, embora difícil.

Ganhei e perdi pessoas.
E é difícil falar das perdas, principalmente quando é pra sempre.

Uma pessoa importante passou a fazer parte da minha vida de uma forma diferente: um grande amigo de outrora hoje é meu namorado - aliás, continua sendo meu amigo, hahaha!

Meus primos pequenos cresceram, meu irmão hoje é um homem, já estou começando a ficar com uns muitos cof cof fiozinhos brancos: percebo hoje mais do que nunca que o tempo passa, que a vida passa. Óbvio, não? Nem tanto assim...

Vejo hoje que 2010 vai deixar saudade.
E 2011 trás perspectivas também de ser um bom ano.
Que venha!!!


Um bom final de ano para todos vocês! 

Nat
Ouvi esta música e ela calou fundo.
E o video é lindo... casa perfeitamente com a idéia toda.



Thank U (Alanis Morissete)


How about getting off of these antibiotics
How about stopping eating when I'm full up
How about them transparent dangling carrots
How about that ever elusive kudo

Thank you India
Thank you terror
Thank you disillusionment
Thank you frailty
Thank you consequence
Thank you thank you silence

How about me not blaming you for everything
How about me enjoying the moment for once
How about how good it feels to finally forgive you
How about grieving it all one at a time

Thank you India
Thank you terror
Thank you disillusionment
Thank you frailty
Thank you consequence
Thank you thank you silence

The moment I let go of it was
The moment I got more than I could handle
The moment I jumped off of it was
The moment I touched down

How about no longer being masochistic
How about remembering your divinity
How about unabashedly bawling your eyes out
How about not equating death with stopping

Thank you India
Thank you providence
Thank you disillusionment
Thank you nothingness
Thank you clarity
Thank you thank you silence

yeah yeah
ahh ohhh
ahhh ho oh
ahhh ho ohhhhhh
yeaahhhh yeahh



(Link do video)


Na minha singela opinião, esta música é um legado para a humanidade. Embora ela tenha muito a ver com uma experiência espiritual da Alanis e não são todos que crêem em Deus, vida após a morte etc, bom.. a letra está aí e vocês leram.  
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Nat





Só consigo pensar nisso, gente...


Via Google Imagens.
Nat





Do weheartit.
Nat
Eu fico aqui me perguntando POR QUE DEUS dinheiro não cresce em árvore?

Ou POR QUE DEUS minha família não nasceu rica, muiiiinnnnnnto rycka?

Ou ainda POR QUE CARALEOS fui ser o tipo de pessoa que gosta de Psicologia, em vez de qualquer outra coisa que renda muuuuitas verdinhas, e facilmente?

É fogo, viu...

Apesar dos pesares, acreditem vocês ou não, não estou down, deprê, essas coisas... cof cof, não estava
Hoje é sexta-feira, meu amor está aqui comigo, na próxima semana farei uma série de coisas legais em São Paulo que incluem ir na Bienal de Artes, visitar uma escola de educação especial, fazer um curso & comer o bolo maravilhoso da minha mãe (será aniversário do meu irmão e Sampa é do ladinho de Santos). E eu não vou gastar quase, o busão (que é o mais caro) será pela faculdade...
Mas sabe quando você olha o seu saldo bancário e fica triste???
Digo, não triste, MUITO TRISTE?

Pois é, o lance foi esse.
Very Nice.
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Nat
Agora de manhã fui até a cantina comprar algo pra forrar o estômago.
Eis que vejo uma mesa com uns cinco rapazes e nela um marmanjo, todo fortão gatcheeenho-de-academia com uma tatuagem de coração no braço, daquelas bem clichê com uma faixinha branca escrito "MÃE".
Ok...
Mil coisas já se passaram na minha cabeça... tipo: "Ele deve ser MUITO grudado com a mãe", "Coitada da namorada dele, eu não ia querer estar no lugar dela", "Será que esse cara cresceu ou continua sendo o cute-cute da mamãe???", "Imagina, ser a namorada-mãe de um cara desses, e depois casar com ele? E ser sempre comparada com a sogra? Afff" e por aí vai. 
Até que caiu a minha ficha que eu estava já viajando grande na maionese & sendo preconceituosa e pensei: "Coitado, vai que a mãe dele morreu né, e eu aqui pensando um monte de abobrinhas".

Tá.
Aí, sento na mesinha pra comer meu lanche, e a galerinha da mesa dele começa a discutir sobre Crepúsculo e afins, "o primeiro filme foi ótimo e teve altas cenas de ação, e aquela briga entre eles (acho que deve ser entre o vampiro e o lobisomem, não sei, eu-Nathaly não assisti...)???  Muito massa! Mas o Lua Nova foi ruim... muito parado, poderiam nem ter feito o filme..."

Tá [2].
Né? As pessoas tem direito de gostar de filmes ruins. Fazer o quê?
Eu mesma adoooooroooo o Justim Timberlake.
Sem muita moral pra falar do mal gosto dos outros.

Eis que termino o meu lanche e saindo de lá, dou uma olhada e um dos caras da mesa está vestindo uma camiseta laranja (ok), bermuda marrom (ok também) e deu pra ver que usava cueca vermelha...

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.
CUECAS VERMELHAS NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.
É o fim...
Cuecas vermelhas são a coisa mais broxante da HUMANIDADE.
Uma pessoa usar cuecas vermelhas, falar de Crepúsculo positivamente e ter amizade com um super filhinho-de-mamãe foi demais para as minhas barreiras que estavam agindo contra meus preconceitos...

Cedi.
Faz parte, né???

Hahahahahahhaha
Nat


Senti falta do meu cantinho.
Faz tempo que eu não apareço e me deu saudade.

*
Por estes tempos, ando me sentindo muito feliz.
E felicidade não dá muito pra explicar, né?

Foto do WeHeartIt.
Nat

Esta cantora tem uma participação especial na minha vida.
Sua voz doce, o violão, a simplicidade do som, as letras, eu gosto de tudo dela!
Chama-se Tiê, by the way. 
Recomendo super o seu primeiro álbum, que se chama Sweet Jardim, é de 2009. 


PS: Como sou uma pessoa mui esperta e não sei ainda linkar vídeos no blog, eu vou deixar o endereço de uma das músicas dela pra vocês sentirem o gostinho:

Tiê - Te valorizo.

Depois, me falem se gostaram!!! ;D
Nat
O mais gostoso de se estar de férias é poder aproveitar algumas coisas, pequenas coisas, que durante o resto do ano acabam ficando um pouquinho mais difíceis de se fazer.
Dormir é um belo exemplo.



Poder dormir bem pra mim é sinônimo de muita, muita felicidade!
Na minha cabeça não é possivel entender aquelas pessoas que passam a madrugada fazendo coisas, sei lá, estudando, terminando trabalhos ou seja-lá-o-que-for e permanecem, no dia seguinte, sem dormir! E vão trabalhar, fazer alguma prova, ir assistir aula...
Gente, pra mim isso é im-pos-sí-vel! De verdade, hahaha.
Acho que por essa e por outras eu sou aquele tipo de pessoa que, por mais que o dia possa prometer mil atividades bacanas, eu facilmente abro mão de algumas para priorizar as horinhas de um bom sono.
E nas férias, este é o melhor momento! ^ ^

*

Por enquanto eu fico por aqui.
E a promessa de dar um jeitinho neste canto continua!
Nat
Pessoa sumida, é, eu sou..
Mais pra frente eu dou notícias!

Gente, sinto que eu PRECISO mudar a cara deste lugar!
Vou deixar por enquanto este modelinho simplinho que vcs estão vendo.
Ele num tá do meu gosto, mas isso é bom porque me obriga a voltar aqui e fazer outras mudanças!

Ah! A partir de amanhã eu estou de férias!
*-*

E essas são as melhores notícias ever...
Pessoa aqui estava a mais de um ano sem parar, acha?!
Eu estava contando nos dedos os dias pra chegar esta sexta-feira! ^^

Em breve estarei de volta!
Bjo bjo!!!
Nat
Simples e sábias são as palavras dos antigos...
"Não há mal que nunca acabe, não há bem que nunca chegue".

Hoje voltando para casa, na minha costumeira viagem diária de ônibus, precisei pegar uma condução diferente já que precisava passar em alguns lugares antes de chegar em casa. 
E no trajeto, vi muito verde (acho que hoje, por estar mais leve, me deixei reparar nessas coisas...).
Senti aquela sensação boa de viagem, de espírito tranquilo, de paz...

Eu não sei se vocês também se sentem dessa forma quando vão viajar.
Como há quase cinco anos moro longe de pessoas que me são muito queridas, talvez a experiência de fazer viagens frequentes sempre me tenha sido muito cheia de expectativas gostosas...
Mas mesmo tendo este grande e importante fator, acho que boa parte das pessoas sentem-se bem quando estão para fazer uma viagem de descanso, não é? Do tipo "férias merecidas", "conhecer um lugar de sonho", "visitar pessoas distantes", "ir a uma festa de amigos ou parentes", e por aí vai...



(Quase férias...
E pra melhorar, meu amor vem me ver nesta sexta! ^^)
Nat
Algumas coisas acontecem com a gente, dentro do nosso ser, que são difíceis ou mesmo impossíveis de serem explicadas, transformadas em palavras.
Falo aqui do inominável, de tudo aquilo de mais profundo que pode haver no íntimo de cada um.

Sinto às vezes que mexer com isso é mexer com fogo.
Embora seja algo que pulse e pulse e pulse, parece que nunca se sabe o que pode acontecer.
E no fim, não dá pra saber mesmo.

Mas, felizmente, não estou enfrentando meus leões sozinha.
Nat
Tantos dias sem passar por aqui.
O blog parece até levemente empoeirado...

Hoje venho aqui escrever de algo que eu sinto sempre, de tempos em tempos.
Talvez eu não seja a única.
Ou pode ser que eu simplesmente só seja uma pessoa atrapalhada mesmo com seus próprios assuntos.

É que às vezes algumas coisas são difíceis.
Hoje de manhã na aula (senhor, só eu sei como odeio as aulas de sábado de manhã, por não ter mais este horário que eu considero sagrado para meu descanso...), em uma apresentação de trabalho, um dos grupos fez uma dinâmica que, em síntese, pedia que a gente escrevesse em uma folha de papel os nossos sonhos.
E eu percebi que estou distante de meus.
Não por serem coisas impossíveis ou dificílimas de serem alcançadas, mas por não ter tempo no meu dia-a-dia para me dedicar a eles.

A faculdade consome muito do meu tempo.
E embora de certa forma ela seja parte do meu sonho, tem momentos que parece que isso se perde.
Depois de praticamente quatro meses de aula que eu me dei conta do quanto a maior parte das coisas que eu fiz, academicamente, foram pra cumprir tabela.
Entendi porque o semestre foi tão arrastado.
Entendi porque parece que eu só sei reclamar da faculdade, a ponto de me sentir a pessoa mais chata e crica da face da Terra, que nem eu mesma me suporto.
Pouco do que eu faço eu gosto.
Como eu poderia estar feliz, então?
Como eu poderia estar feliz e fazendo o que preciso com gosto, quando tudo parece bullshit e como sempre, tantas provas e apresentações de trabalhos ficaram pro fim do semestre, acumuladas?
Como fazer esse monte de coisas acumuladas e estar de boa com isso, sem ser tão penoso, se quase tudo que é necessário fazer não tem muito sentido pra mim e são muito chatas, inclusive?
E sabe... por mais que eu tenha pessoas maravilhosas ao meu redor, aqueles que eu mais amo estão a, no mínimo, quinhentos quilômetros de distância de mim.
Às é difícil ter que enfrentar tudo sozinha.
Às vezes é difícil perceber que eu passei mais de um mês sem passar um pingo de maquiagem ou fazer minhas unhas... zero de blush, rímel, um batom, garota verão e glamour pink.
Olheiras e mais olheiras.
O que em um primeiro momento pode soar como futilidade, no fundo significa que há mais de um mês nem tempo pra mim eu tenho.
E eu nem percebi isso...

Essas coisas às vezes dão desespero.
Por me fazerem pensar "que porra eu tô fazendo da minha vida? será que dava pra ser diferente?"
E sabe, eu ainda não tenho resposta esta e pra todas as perguntas que fiz ao longo deste texto.
Talvez escrever aqui seja uma forma de desabafar, e colocando pra fora, tentar pensar sobre tudo isso.
Quem sabe assim eu começo a pensar nessas respostas.
Ou, pelo menos, suportar o fardo (enquanto a faculdade tem se apresentado em maior parte como um fardo) se torne um pouco mais fácil.

Final de julho eu tô de férias de tudo e pretendo SUMIR por duas semanas.
*contando os dias ansiosamente*


 
Nat
Meu novo vício agora se chama: weheartit.com!
Meu amor que me apresentou há um tempo atrás... =)
Se deixar, eu fico hooooooras vendo as fotos fofas deste site - como já cheguei a ficar, hahahahah.
^^

Olha só esta!



^^
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=)
Nat
Como diz o ditado:
"Quem é vivo sempre aparece"

A vida está corrida, estressante e por esses motivos eu não tenho aparecido por aqui.
Mas por outro lado eu estou apaixonada... boba até, sou só sorrisos... rs
Impossível estar mais feliz!!!



E este sentimento me inspira...

(Imagens do weheartit)
Nat
Encontrar aquela pessoa que te completa, que te entende, que te quer bem, que te faz a mais feliz das criaturas.
Eu encontrei.


Nat
Certa vez eu li algo a respeito dos não-ditos.
Este é um tema recorrente da psicanálise, porque (acho que posso dizer isso...) é um dos assuntos sobre o qual se estrutura toda a teoria psicanalítica.
Li algo que falava sobre as lacunas, os vazios de significados de uma determinada experiência, as confusões que podem ser geradas devido a algo não bem explicado (logo, não bem compreendido pelo outro..), dessas ausências que ficam praticamente intocadas na nossa história e mais se expressam como experiência visceral (= emoções e/ou outras reações fisiológicas, como a ansiedade por exemplo) do que qualquer outra coisa... do quanto tudo isso pode ser delicado.  
Mas né?
Não entremos na teoria porque este nem é meu propósito aqui no blog.
Só peço um pouco de paciência pra quem tem a paciência de ler o que eu escrevo, porque neste ano eu praticamente estou respirando psicanálise, logo não tem como isso não se refletir por aqui.

Feito o adendo e entrando na vida real agora, queria contar algo que aconteceu e foi muito legal pra mim.
Ao longo das minhas primaverinhas, eu sempre fui (= conjugação do verbo ser no passado, deixa eu frisar isso porque as coisas não são mais tão preto-no-branco, babe...) o tipo de pessoa que preferia morrer a dar o braço a torcer de que uma outra pessoa me tocou, me magoou, me entristeceu, me sei-lá-o-quê.
E né, isso ajuda sim em mil situações - e, inclusive, eu faço uma leitura de que o mundo que a gente vive até estimula essa coisa do distanciamento emocional -, mas em outras tantas só impede que elas sejam resolvidas de verdade.
Acredito que vocês entendem o que eu estou querendo dizer.
Pois bem!

Nesses tempos atrás eu tava com um serzinho intalado na garganta.
Uma pessoa do meu convívio diário que mais me fazia mal do que bem.
E porra, é convívio DIÁRIO.
Tomei coragem e falei de todos os relaxos que ela tava dando comigo.
Estava planejando que fosse no face-a-face, mas como a coragem e a oportunidade vieram pelo MSN, foi por ali mesmo.
Olha... não que não tenha sido difícil, viu, mas foi.
Falei.
E principal: falei tudo que eu precisava.

Este é o tipo de coisa que o Mastercard não compra.
Assertividade, a gente se vê por aqui! ;D
*

PS: Pensei em dar como título do post "Eu, Nathaly L., aliviada e evoluída".Adoro paródias mas sei lá, não me soou muito bem essa comparação com a Christiane F., por mais que as palavras que eu tenha escolhido para me caracterizar tenham sido positivas, aahuahauhauahauahua.
Mas né, fica aqui registrada a idéia! ;P
Nat
No meio da tarde, entupida de trabalho até dizer chega, eu paro para escrever.
Paro só pra dizer que estou cansada de mim mesma.
Admitir isso.

Só.
Nat
"I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three"
Nat
Eu fico me perguntando às vezes se as pessoas se acham tão loucas quanto eu acho que eu sou.
Não que eu de fato seja louca.
Mas às vezes me sinto assim.

Tipo, o meu ponto de vista é que todas as pessoas são meio doidas.
Mas será que todo mundo se dá conta que às vezes faltam alguns parafusinhos???
Acho que sim, né?
As pessoas devem saber que tem horas que o próprio mundo cai mesmo, que nada faz sentido e que, ao mesmo tempo, faz todo o sentido do mundo. (ok, talvez aqui comece a ficar difícil de acompanhar... eu vou parar)

Mas partindo de pressuposto que todo mundo tem seu momentos de fragilidade e dá uma leve piradinha (ou não tão leve assim, né), e mais de uma vez na vida, porque então que tudo ao nosso redor, que vai desde padrões de como devemos viver nossas vidas até todos os valores culturais que nos permeiam, negam isso com tanta força? Porque estabelecem uma normalidade tão anormal, que muitas vezes gera mais e mais crises no indivíduo, em nós mesmos?

Gente...
Não faz sentido.
Sei que muito provavelmente eu tô chovendo no molhado, que muita gente sabe disso, mas a real é essa...
Só que é uma realidade que só passa a fazer sentido dentro dos nossos mundinhos particulares (sem racionalização*, I mean) quando se vive a experiência...
E quando se sente isso de verdade, na pele, é que passa a fazer sentido dentro de um contexto.

Que loucura tudo isso, hein...
De verdade.
Sem trocadilhos toscos, please, ahauahauhauahauaha.





Racionalização: segundo dóktorrrrr Freud, se trata de um mecanismo de defesa em que as pessoinhas transformam uma idéia, um sentimento ou uma sensação bastante incômodas para si em algo aceitável para suas mentes, criando explicações racionais (para si e para o mundo que existe ao seu redor) deste "algo" que estão vivendo, já que certamente se trata de um conteúdo muito difícil de lidar para o sujeito. A racionalização implica também que mesmo para aqueles que "admitam" o que estão sentindo de verdade, estes conteúdos não sejam experienciados, permanecendo assim intocados pelo sujeito, ainda que ele verbalize sobre. É como, por exemplo, no caso de um filho que é extremamente ciumento em relação ao seu irmão com seus pais (e não aceita este fato), falar com "naturalidade" sobre seu ciúme com as pessoas.  
Nat
... eu gostaria de estar aqui.
(foto tirada em na cidade de Ptuj, na Eslovênia)

 
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Nat
Ando nessa vibe "descoberta da vida de novo", sabe gente.
E nesta sexta eis que eu fiz mais uma postagem-não-postada falando de acontecimentos do passado.
Eu tenho uma caixa na minha estante que tem uma série de coisinhas guardadas... lembranças da minha adolescência, principalmente.
E tô bem naqueles momentos da vida de só se lembrar do lado ruim das coisas (Not nice!!!).
Bom.
Eis que na postagem-não-postada eu comento de situações que eu vivi.. da Nathaly de outrora.
E do quanto certas coisas doem e doem tanto, que tudo que a gente mais quer é jogar fora e começar tudo de novo do zero, no melhor estilo "brilho eterno de uma mente sem lembranças".
Mas o engraçado é que até ali no filme é mostrado que essa coisa de "negar o que já passou" não é a melhor saída [/spoiler]
Porque volta.
Invariavelmente.
E se você continua negando, essas "coisas" metem o pé na porta, no melhor estilo Roundhouse Kick do Chuck Norris, e entram de qualquer forma.
E foi com essas idéias na cabeça que decidi reformar a minha caixa.

Minha vibe laranja da adolescência passou, sabe... e a tal da caixa era dessa cor com florzinhas brancas.
Decidi mudar: comprei um papel de presente bem bonito e forrei a caixa.
Deu horrores de trabalho (não tenho habilidade NENHUMA pra fazer trabalhos manuais, cof cof ).
Além do mais, revi cada coisinha que tinha ali dentro... bilhetes de amigos, cartas, fotos, textos por terminar, frases soltas, cadernos de anotações... só os diários eu não abri.
Algumas anotações acabei lendo.
É engraçado você "se ver" no passado, lembrar exatamente o que estava fazendo e pensando naquele momento em que escrevia anos atrás.
Eu era tão diferente e tão igual ao mesmo tempo...
Isso acabou me dando novas referências, que andavam esquecidas dentro do meu universo de memórias.
Passei a tarde toda de sábado fazendo isso, arrumando a tal da caixa.
Foi difícil abri-la. Foi difícil olhar parte daquelas coisas.
Mas depois eu me dei conta que fuçar em tudo aquilo não foi tão ruim assim.
Vi que remexendo naquelas lembranças, organizando e rearranjando aqueles montes de papéis eu estava fechando um ciclo.
Um ciclo que, acima de tudo, de longe tinha sido essa treva como eu estava imaginando.
Tantos acontecimentos bons eu revivi ali... como assim tinha esquecido!?
Que doideira...
Por mais que certa parte (menor do que a eu imaginava, by the way) ainda doa, ela faz parte daquilo que eu sou hoje.
E não dá pra gente ficar brigando com aquilo que se é.
Só trás mais dor.




Ahh! Acabei comprando outra caixa no sábado.
Mesmo porque, a primeira já não cabia mais sequer uma folhinha.
Outra fase, outro momento, outras coisas por viver.

Foto daqui.
Nat
Eu até ia fazer uma outra postagem ontem, mas aí tive que fazer liçãozinha de casa (¬¬) e não rolou.
Mas lição terminada, ontem ficou pra trás, e HOJE É SEXTA FEIRA!
Só por isso já vale a alegria de viver neste dia!!! XD

Eu fiquei de postar aqui, de contar o que estava acontecendo na minha vida.
Muchas muchas cositas.
Primeiro que eu falei aqui já que havia conseguido o estágio que taaaaaaanto queria.
O que foi ótimoooo! XD
Eu vou atender crianças (duas ou três, depende do meu grau de foda-se-o-resto-das-matérias-da-faculdade), atendimento em clínica psicanalítica, ludoterapia.
O trabalho, por alto, vai ser o seguinte: por meio do brincar, da realização de desenhos, e de um pouco de fala também (dependendo da idade do paciente), a gente chega no mundo da criança para poder ajudá-la.
Além dos atendimentos dos pequenos, tem a supervisão, que é toda segunda-feira de tarde.
Mas oi? Eu trabalho nessa hora, e quem conhece minimamente minha rotina sabe disso.
Pois é...
É aí que a gente entra na segunda notícia boa: consegui o afastamento de um dia por semana do meu trabalho.
Toda segunda-feira, até dezembro, eu não vou trabalhar pra poder dar conta das atividades do estágio!!!
\o/
Gente, ontem eu tava que não cabia dentro de mim!!!
Mesmo as supervisões já tendo começado há duas semanas (dei um "jeitinho"de ir), só ontem foi a reunião que autorizou oficialmente a minha ausência.
A tal reunião começou 9h da manhã e terminou 15h30, e acredita que o meu pedido foi o último ponto de pauta???
Eu nem tava suuuuuper nervosa, né??? :P
Hahahaha, mas deu certo.
Agora é só comemorar!!! XD

Ahh, uma outra coisa muito bacana me ocorreu por estes tempos.
Eu tomei coragem e voltei pra terapia.
Agora que já passou a parte mais difícil, fica mais tranquilo falar.
Porque ser colocado frente a frente com seus maiores medos não é algo muito simples.
Eu não sei se vocês já passaram por isso, mas num espaço muito curto de tempo, muitas, muitas, mas MUITAS fichas minhas caíram.
E agora, José? O que a gente faz com tudo isso???
Agústia foi a palavra que definiu minhas semanas anteriores.
Mas tá melhorando.
Eu gostei bastante da minha nova psicóloga, de verdade.

*
Fazendo um balanço geral, eu só tenho que ficar feliz por todas essas coisas boas que vem ocorrendo... ^^
E como hoje é sexta-feira, planejar algumas coisas gostosas pro fim-de-semana...



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Nat

A esperança está brotando novamente.




Nat
Dias difíceis.
Nat



Nat
A casinha está abandonada.
=(
Assim que eu arranjar um tempinho oi? ha ha há eu passo aqui e conto o que anda rolando.


Por enquanto, ficamos assim!!!
Nat
Tem coisas que acontecem que dão arrepios na gente, não?

Bom.
Eu não sei se eu comentei aqui que venho tendo pesadelos e sonhos ruins ultimamente.
(Aliás, isso me lembra uma coisa: perdoem por eu sempre usar a frase "não sei se comentei aqui" porque olha, eu não sei nem o que almocei ontem... só pra vocês ficarem sabendo como é a minha cabeça)
Assim, não necessariamente pesadelos... mas sei lá, sonhos agitados.
Mais de uma vez eu tenho acordado no meio da noite, agitada; às vezes eu choro (ok, nesse caso é pesadelo) ou faço alguma coisa tipo levantar e escovar os dentes, para esperar um pouco sabe, com o intuito de não voltar pro mesmo sonho (coisa que é muito comum acontecer comigo, o que não tem sido nada legal ultimamente)... e a sensação ruim ali, já que os sonhos tem sido meio pesados.

Mas até aí né gente, eu ando numa fase meio conturbada...
E acho que as minhas postagens de alguma forma tem refletido isso.
Eu tô mesmo muito agitada, às vezes até incomodada com a que acontece...
Muita coisa nova tem rolado na minha vida, coisas que posso chamar até de esdrúxulas, que acabo perdendo o rebolado

Mas enfim, tudo isso pra falar que lógico que existem relações entre o que eu sonho e a minha vida.
Haha, o fim do mundo tem sido fichinha já pra mim...
Sonhei com ele uma infinidade de vezes.
Acho que oniricamente estou me preparando, caso ele realmente venha a acabar em 2012! ;P

Agora falando sério, uma coisa me arrepiou...
Aconteceu agora pouco.
Eu tinha comentado já com um amigo meu sobre um sonho que eu tive, que num era de fim de mundo, sabe... mas era tipo de tsunami.
Não foi filme de terror style, só que eu também não acordei leve, né?
Beleza.
E uma das minhas maiores amigas do mundo estava no Chile na época do terremoto.
Aí ela me ligou hoje pra contar novidades ultra fodonas que aconteceram (fofocando: a amiga passou no mestrado em Santa Catarina, na UFSC no que ela tanto curte estudar & conseguiu bolsa Caps... e está de mudança pra lá semana que vem, cof cof, meus amigos são fodões e eu morro de orgulho deles!!! XD XD XD), e aproveitou pra contar da viagem, como foram as coisas lá.
O negócio foi trash, ela estava em Santiago e por mil acasos não viajou pra uma cidadezinha no litoral no dia dos tremores... (os acasos, sempre eles...)
Ficou bem e talz, mas né, fioda...
Aí, eu comento do sonho que tive.
Meu amigo já tinha perguntado se eu num tinha sonhado por conta dos terremotos chilenos, aí falei que nada a ver, porque tinha sido alguns dias antes...
Mas o detalhe é que eu ando vivendo tão dentro de uma bolha (e não tenho orgulho nenhum disso) que até aquele momento, eu num sabia que também tinha rolado maremoto no Chile.
Aí depois eu soube, beleza, ok, até associei, mas né... nada demais.
E hoje falando com ela comentei sobre o sonho meio que brincando, e comecei a descrevê-lo...
Falei da praia, que parecia a de Santos mas não era porque não tinha orla... era o mar e já a calçada, ou um pouquinho de areia...
Aí, falei da cor do mar e me veio o arrepio... porque o Chile é banhado pelo Pacífico como vocês sabem, e o mar deles é azul... o mar do meu sonho era um azulado escuro... e a descrição que dei da praia, ela me disse que era muito parecida com as praias de lá... nossa...

Assim, num é dizer que eu sou a mãe Diná, nada a ver, longe disso...
Mas pôxa, mesmo sendo coincidência (e provavelmente foi mesmo), essas coisas impressionam a gente.
Mesmo com a amiga, que uma série de coisas que nunca a prenderiam fizeram com que ela ficasse em Santiago, assim como fizeram com que ela ficasse em determinados lugares em vez de outros aparentemente mais seguros e no fim, os tais locais seguros tiveram uma série de problemas com os tremores.
Tem coisa que é bizarra, gente.
Inexplicável.
C'est la vie.
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Nat
Escrever é tão mais fácil do que falar.
Pensar é tão mais fácil do que agir.
Dar conselhos é tão mais fácil do que se colocar à prova.

E por hoje é só.
Nat
O relógio marca 23h47
Sabe que eu até gosto de números ímpares?
Dá a impressão de serem mais aleatórios que os outros, e de alguma forma acho isso legal.

Eu deveria deitar, dormir, gente.
Mas algo me impulsiona a escrever, mesmo que sejam coisas bobas, sem valor...
Um incômodo que está dentro do peito;
O receio por temer o desconhecido;
O eterno medo de não dar certo;
A resignação diante do que está ao meu alcance.

Eu não aprendo, parece que eu nunca vou aprender.
Não na velocidade que eu preciso.
Às vezes tenho vontade de parar o tempo e ficar ali, só ali.
Fazendo o quê?
Não importa.
Queria não me importar.
É isso, não queria me importar.

Preciso ir.
A bateria está acabando.
Nat
Sei que minhas últimas postagens (ou tentativas de, pois só nesta semana eu devo ter feito pelo menos umas três ou quatro que ficaram no rascunho) tem sido meio deprês e talz, mas isso ocorre mesmo porque eu tô usando o blog como válvula de escape.
Não que eu esteja cortando meus pulsos nem nada, até coisas boas têm acontecido (tipo eu conseguir o estágio que taaaaaaanto queria!!!! XD XD XD XD).
Mas o foda é que cada dia que passa eu vejo que vale cada vez menos a pena me abrir com as pessoas. E quando o faço, rola uma certa insensibilidade ou falta-de-noção, falta de sintonia comigo ou sabe-se lá como definir. Desta última vez, aconteceram coisas que achei sem tamanho...
Isso me faz desacreditar mais e mais nas pessoas, no mundo... parece que eu vou ser sempre incompreensível e que o pouco que eu peço é demais. Me sinto sozinha.
O duro é que com os dispostos a me ouvir (ou com aqueles que eu sei que certamente estariam) eu simplesmente não consigo, por n razões...
Outro dia ouvi de uma pessoa que meu coração é muito sensível. Que se ele fosse mais bruto, num passaria tudo que eu passo.
O que eu achei mais engraçado ever foi que poucos dias depois uma outra pessoa me chamou de bruta. E depois, me perguntou porque eu tava tão feliz, num dos dias que eu mais me senti triste nestes últimos tempos.

É, parece que eu sou uma ótima atriz mesmo.
Nat
"Tem dias que a noite é foda"

Tem uma música tosca por aí, um popzinho barato e chinfrim que tem esse verso.
Ela explica muito bem a noite passada.
E a noite passada explica muito bem a vida que eu venho levando.

Condensação e deslocamento.
Freud dizia que esses são, basicamente, os mecanismos utilizados em nossos sonhos.
Pra quem não é da área, é mais ou menos o seguinte: ocorre condensação quando um mesmo símbolo (que pode ser uma pessoa, um objeto, uma situação, um lugar etc) abriga vários significados. Quem nunca sonhou que estava em um lugar e este possuia características de dois, três, ou mais lugares? É como estar na casa da avó e na praia ao mesmo tempo, e isso ser perfeitamente coerente no cenário onírico.

Deslocamento é algo auto-explicativo até. Ocorre quando se desloca um símbolo para outro durante o sonho e, no geral, está vinculado a algum conflito que existe com a aceitação de uma verdade ligada àquilo que foi deslocado. Você odeia aquela pessoa que todos esperam que adore, e não consegue aceitar e sustentar isso? Uma forma de viver a situação e estar um pouco mais em "paz" com esse sentimento pode ser sonhando com ela. No sonho a história pode ser vivida já que durante a vigília os sentimentos são reprimidos, mas com a mudança (ou deslocamento) da figura da pessoa detestada. Todos os setimentos são muito parecidos (ou iguais) aos que se sente por aquela, entretanto a figura dela é diferente.

Terminada a aulinha de psicologia, já deu pra perceber que eu analisei de leve meu sonho né?
Sempre faço isso.
Mas dessa vez, por vários motivos, preferi não ir a fundo.
Só ficou no ar a pergunta "wtf am I doing with me, with my life?"
Nat
Gostaria de fazer um brinde aos fins e aos recomeços difíceis que todos nós temos de tempos em tempos;
não importa se às vezes nos desestabilizamos, se nos tiram o sono e quem sabe algumas lágrimas... uma hora passa.

Um brinde à música que incessantemente toca ao meu lado, sem que eu me dê conta;
quem sabe uma hora eu não começo a prestar mais atenção nas coisas que ocorrem ao meu redor.

Um brinde à felicidade que, inesperadamente, está por vir;
porque as melhores coisas ocorrem em momentos fortuitos: um alívio para pés cansados de tanto caminhar.

Um brinde às dúvidas, aos anseios, aos pensamentos que nos tiram o sono;
ou você acha que a vida é só alegria-alegria???

Um brinde aos sonhos;
só tome um pouco de cuidado para não voar tão alto.

Um brinde à esperança;
mas lembre-se que em algum momento você vai perdê-la e pode ser que chore por isso.

Um brinde aos dias muito azuis, ensolarados e frios;
porque todos nós merecemos um abrigo.

E finalmente um brinde ao que está por vir...
independentemente de estarmos preparados ao não.
Nat
Olha, eu tô querendo mudar algumas coisas aqui faz tempo.
Mas né? Quando a gente quer alterar as coisas, fazer e acontecer, num rola.

Só que agora eu acho que vai!
Aos pouquinhos também... porque meu conhecimento em coisas internéticas configuratórias é muuuito vasto, acho que vocês perceberam já! ;P

É isso!
Bjocas, folks!
Nat
Mentira?

A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.
Sapato Florido



Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
Espelho Mágico



Cartaz para uma feira do livro

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.


Imaginação...

Imaginação é a memória que enlouqueceu.


Tempo perdido

Havia um tempo de cadeiras na calçada. Era um tempo que havia mais estrelas. Tempo que as crianças brincavam sob a clarabóia da lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relógio de parede! Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo.
Caderno H



A construção

Eles ergueram a Torre de Babel
Para escalar o Céu,
Mas Deus não estava lá!
Estava ali mesmo, entre eles,
Ajudando a construir a torre.
Nova antologia poética



Porto parado

No movimento
lento
das barcaças
amarradas
o dia
sonolento
vai inventando as variações das nuvens.


Anoitecer

Da chaminé da tua casa
Uma por uma
Vão brotando as estrelinhas...


Paz

Os caminhos estão descansando...


As coisas

O encanto
sobrenatural
que há
nas coisas da Natureza!
No entanto, amiga,
se nelas algo te dá
encanto ou medo,
não me digas que seja feia
ou má,
e, acaso, singular...
E deixa-me dizer-te em segredo
um dos grandes segredos do mundo:
- Essas coisas que parece
não terem beleza
nenhuma
- é simplesmente porque
não houve nunca quem lhes desse ao menos
um segundo
olhar!
A cor do invisível

*

Não sei se vocês sabem, mas o Mario Quintana é um dos meus escritores preferidos.
Me encanta a simultânea leveza e profundidade de seus versos, tudo muito simples, muito autêntico.

Coloquei aqui para vocês alguns dos poemas dele, dos curtinhos principalmente.
Espero que gostem! ^^
Nat
sabe aqueles dias em que você acorda de sonhos intranquilos? nele eu era três pessoas três crianças japonesas fugindo de algo inominável que queria nos pegar enquanto o mundo todo estava sucumbindo a um mal nunca antes visto. e eram fugas por barcos e escadas mui altas surgiam e tínhamos que subir e subir e subir sem saber direito onde aquilo ia dar e de repente surgiam naves e que merda um de nós sumia e nós outros tínhamos que procurar ou mesmo salvar aquele que estava nas garras do desconhecido que a todo momento era enganado pela nossa esperteza e sagacidade que ficava bobo por tudo que conseguíamos aprontar para escapar! muitos nos ajudavam ao longo deste caminho e fico eu me perguntando agora assim como eu crianças três lá do outro lado do mundo nos perguntávamos somos a salvação somos a resitência bem sucedida ou simplesmente não queremos nos deixar ser pegos? e havia uma mulher possessiva que não queria deixar que viajássemos no barco do seu marido uma caixa quadrada de madeira que eu criança fiquei me perguntando isso vai dar conta de navegar com a gente dentro e deu sim viajamos velejamos e fugimos mais uma vez naquela rapidez inesperada que enganava a quem queria nos engolir. eu crianças éramos intrusas nesse mundo onde o verdadeiro intruso se achava dono de tudo que habitava e circulava e respirava e a gente não ia deixar ah não com certeza não seu malvado! além da mulher ciumenta que tinha medo da unidade por trás das eu crianças mais gente nos ajudou só que a memória agora começa a rarear e confundir com outras memórias de fatos vividos de filmes de outros sonhos ou mesmo fantasiar as lacunas que são próprias da memória de todos nós
Nat





Porque tem certos dias que a gente já acorda xoxinha.

E tudo que vem não ajuda muito.


Pelo menos é 6ª feira...

Nat
Buenas para aqueles que me lêem.
Tomei fôlego para continuar a minha listinha de músicas que me marcaram ao longo dessa vida.

Só que algo ocorreu, gente: no meio deste "processo" de relembrar das músicas, eu voltei na minha história e, veja só, vi o quanto gosto de certos artistas que eu achava que ODIAVA.
Na verdade verdadeira, a bronca era de uma pessoinha só:

ELTON JOHN

Esse cara faz parte da minha vida, marcado de forma indelével.
Desde pequerrucha eu ouço.
É o cantor preferido do meu pai.

E por que eu odiava?
Pra vocês começarem a entender, vou contextualizar (seeeeenta que lá vem história):
Meu pai é uma pessoa pentelha. MUITO.
Do tipão que se diverte pegando no pé de todo mundo, sabe?
Ninguém nunca está safo: eu quando estou em Santos, meu irmão, minha mãe, meus primos, minhas tias, minha avós e avô, as duas chachorras e agora o passarinho, o mais novo morador da casa.
"Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, Armaaaaando"
É, ele total se diverte.

Agora imaginem:
ADOLESCÊNCIA.
Pai pentelho + filha adolescente = irritação tendendo ao infinito

Continuando...
Realizem a cena:
ADOLESCÊNCIA AGAIN.
A versão teen da Nathaly conhecendo e ouvindo mil coisas diferentes, principalmente diferentes daquilo que ele ouvia.
E como bom mala que era, sabe o que ele me dizia, entre risadas?
"Que banda é essa, The Miserables???", ou "Ahhhh, isso que você tá ouvindo vai fazer mal pro meu ouvido...", ou ainda algo do tipo "Troca essas músicas por um Elton John! São quarenta anos de sucesso, filha!!!"
E eu: ¬¬

Agora, a pergunta que não quer calar :
Eu por acaso entendia que ele mais me aloprava do que qualquer outra coisa?
Nããããããããããão.
Eu só ficava puta, muito puta.
E descontei toda essa raiva na em quem?

TCHARAM:

Pois é.
Eu queria ouvir barulho de construção, de bate estaca martelando um dia inteiro mas num queria ouvir Elton John.
Coitada da bee, né? Tinha nada a ver com a história...

Até que um belo dia eu comecei a perceber que algo estava errado quando, zapeando pela tv numa tarde preguiçosa, encontrei um show do dito cujo supostamente odiado, e lógico que eu conhecia todas as músicas... MAS, cantei junto com ele na maior empolgação e me diverti absurdoo!!!
Ainda assim pensei "só uma recaída" (é duro quando a gente num dá o braço a torcer... sou campeã nisso!)

Tempos mais tarde, por motivos de posta gem neste blog onde vocês agora repousam os olhos, Nathaly vai atrás de musiquinhas que ouvia na infância. Elton John estava na lista, obviamente, só quer por mera e incansável repetição em tempos passados.
No entanto, por questões de força maior e oculta que move o moinho da vida, percebe que gosta muito de Goodbye Yellow Brick Road (e inclusive lembra que este é o nome de um dos álbuns dele, assim como lembra da ilustração da capa), de Crocodile Rock, Rocket Man, Can you feel the Love Tonight (gente, trilha sonora do REI LEÃO!!!!), Candle in the Wind (essa ele fez pra pra Marilyn Monroe), Someone Saved my Life Tonight, nossa... entre tantas outras.

Hahahahahaha
Depois de muito tempo, nossa reconciliação! S2


(Dedico este post a meu pai... que apesar de ser muito pentelho, eu amo DEMAIS!!! ^^)

(E a listinha continua...)

Nat
Sabe, quando se dorme doze horas seguidas é bem provável que a probabilidade de ter sono cedo acabe se tornando menor.
Então, 'bora caçar coisas pra fazer, tipo atualizar o blog que foi esquecidinho nestes dias?
Pois é, pois é, pois é... [/Chiquinha style]

E daí que eu decidi fazer um levantamento de músicas que marcaram certas épocas da minha vida.
Vamos nessa???

#BAURU:
Esta cidadezinha linda-do-meu-coração, que se localiza também no corção do Estado de São Paulo, significa muita coisa pra mim, embora eu algumas vezes fale dela em tom levemente jocoso (hahaha, adoro essa palavra, "jocoso", ela é tão last season!!!).
E pra mim, vida em Bauru significa, principalmente, faculdade.
Mesmo que hoje isso tenha mudado, o motivo principal que me fez partir, morar a mais de 500km da casa dos meus pais foi este!
E esse momento da minha vida tem duas músicas que são icônicas!
1. Ai, ai, ai - Vanessa da Matta
*na verdade, quase tudo dela me lembra Bauru, mas esta principalmente!!*
2. Take me out - Franz Ferdinand

As duas eu ouvi infinitas vezes... e continuo ouvindo!!!
A da Vanessa marcou muito porque ouvi muito logo que eu cheguei na cidade, na república que fiquei hospedada por um tempinho; a do Franz, tocava sempre nas festas.
ADORO as duas!

#FIM-DA-ESCOLA/FORMATURA/CURSINHO/2005
Época gostosa aquela; tirando o fato de precisar estudar física, era bem legal.
Foi um ano de muitas coisas novas:
Viagens com amigos, carnaval em Salvador (siiiiim, eu fui pra lá, imagina o estragooo, ahauhauahauha! Num tenho mais idade pra essas coisas não, gente...), primeiras bebedeiras (arrã, eu fui beber tarde em comparação a outras pessoas...), baladinha com o pai pegando menos no pé; definições e mais definições que estavam por vir... até um amor à primeira vista eu tive!!!
Foi um ano bem marcante... fiz dezoito anos, & no maior estilo: tive três comemorações, a primeira delas regada à tequila e a segunda, uma festa surpresa. AMEI!!!

Foi um momento que eu e os meus amigos de Santos estávamos muito próximos, saíamos direto... afinal, tínhamos tempo, né? ;)
Anyway, eu estava em todas!!! E eu e os meninos vivíamos cantando esta música em todos os momentos, e fazendo mil performances dela... hahahaha, eu nem lembro o porquê da gente ficar zoando tanto, enfim!!!
1. Promiscuous - Nelly Furtado ft. Timbaland

Tem uma outra também, que tocava sempre em uma baladinha que batíamos cartão!
É um teatro-café que tem lá em Santos, um lugar muito bacana...
-"Pô mãe, o Rogério é um cara bacana..." (hauahauahuahau)
2. Vem me ajudar - The Fevers

#TEENAGER CRUSH
Isso eu tinha o quê? De quinze para dezesseis anos???
Fui apaixonadíssima por um cara e levei o meior pé na bunda ever!!!
Imaginou adolescente apaixonada, né? A pessoa vai e a música fica com toda a força do m-u-n-d-o.
E ela tocava nas rádios over and over and over again.
E eu ouvia rádio na época.
Masoquismo, oi tudo bem???
Pois é, gente... quem nunca curtiu de verdade uma fossa, que jogue a primeira pedra...
1. I'm with you - Avril Lavigne

#LITTLE GIRL
Nossa, aqui a lista vai ser grandinha.
São muitos os momentos...
Mas vamos lá:

1. Lambada da Alegria - Trem da Alegria
Gente, eu AMAVA Trem da Alegria quando eu era piquininha!
Idade? Uns três, quatro ou cinco anos??
Eu tinha a fita com váááárias músicas gravadas deles!
FITA, eu tinha a FITA... isso um dia existiu, parece até que foi no milênio passado... ;P
Nossa, eu era tão fã do Trem da Alegria que acho que eles merecem mais uma música nesta lista:
2. Piuí Abacaxi - Trem da Alegria

Ahh, na época eu assitia Mara Maravilha, Xuxa e Angélica.
Na verdade, a que eu mais gostava era a Mara. Mas sabe-se lá porque Deus ela foi parar na Argentina (alguém lembra disso??? hahahah), aí eu tive que assistir Xuxa, né... mas nunca me apeteceu muito o programa da rainha dos baixinhos, não.
Algum tempo mais tarde surgiu a Angélica.... aí sim, dela eu super gostava!
Fui no programa dela inclusive, na Casa da Angélica, quando era no SBT ainda!
Tem uma música MUITO CAFONA que ela canta com o Latino, que eu tinha o disco (sim, eu tinha o DISCOOOOO) e eu e uma amiga adorávamos!!! A gente dançava que nem louca as músicas agitadas do discão, e ouvia essa depois pra relaxar, ahauhauhauahauhauahauha
Minha idade? Por volta de oito anos.
Hoje, olhando esse video, dá vergonha alheia da Angélica por um dia ter cantado com um cara que, anos mais tarde, faria uma música que conta a históra de uma festa em um apê onde rola bunda-lelê.
3. Sonhos - Angélica e Latino
*Se liguem no playback, na roupa LINDUCA da Angélica, no bigodinho e na voz galante do Latino*

Entramos na era Dance!
Meu tio tinha um cd com um mix de músicas famosas da época, por volta de 94-96.
E tinha uma música que todo mundo gostava, principalmente eu e meus primos!
Queríamos ouvir toda hora e pior, tentar cantá-la!!!
HAUAHUAHUAHAUHA
É um desafio e tanto cantar essa porra dessa música!
4. Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop) - Scatman John

(continua...)
Nat
Hoje Santos faz aniversário!
São 464 anos de existência... *-*
Então, decidi que vou fazer um post em homenagem à minha tão querida cidade natal!!!

Ora ora, vamos lá...
Que Santos tem o maior porto do Brasil e da América Latina todos já sabem, né?
E também que é uma das mais antigas cidades do país...
E que é a cidade mais desenvolvida do litoral de São Paulo também?
Que existe vida além das temporadas por lá? (hahaha)
Que praticamente 99,9% das casas não tem problemas com saneamento básico como é comum nas outras cidades praianas tanto do estado quanto do país?
Que tem um monte de universidades (particulares em sua maioria; só há cinco anos abriu uma pública, a Unifesp), e isso chama um monte de gente pra estudar por lá?
Que abriu uma Petrobrás na região...
Que é uma cidade bonita e muito gostosa de se morar, mas infelizmente o setor imobiliário está dominando a região, o que encarece o seu custo de vida?
Que a praia tem o mais extenso jardim de orlas do mundo??
Que muitos dos nossos prédios à beira-mar são tortos, e o solo da cidade é um dos piores DO MUNDO para se fazer construções? (mas mesmo assim, a cidade só cresce para cima! =S)
Que a cidade tem um centro histórico muito bacana, ainda com grande potencial para ser explorado pelo turismo?
Que um dos nossos ex-prefeitos foi o primeiro a implantar no país o sistema de distribuição de seringas para drogaditos, a fim de diminuir a propagação de doenças trasmissíveis pelo compartilhamento delas, como a AIDS e hepatite?
É uma cidade que tem cinemas (inclusive de arte), salas de teatro, um Sesc grande, muitos barzinhos e baladas... tem uma vida noturna interessante até!
Ahhh, importatíssimo: É UMA CIDADE PLANA! Sem problemas de sobe e desce que outras cidades do interior tem. (¬¬)


Ahhh, tem muitas outras coisas que são facilmente encontráveis pela internet...
São informações que Mr. Google responde com a maior facilidade!
But, alguns dados não são tão divulgados assim e eu acho legal compartilhar!

Por exemplo: a Unicamp era pra ter sido Unisantos!!!
Pois é, pois é, pois é...
Mas na época, não houve interesse da administração da cidade em levar uma universidade pública para lá!!! Campinas foi a próxima opção de local para a construção da Universidade, and so there is...
Essa eu acho meio triste!
=/

E tem uma outra que eu acho engraçada, ahauhauahuah:
Segundo o meu professor de história do ensino médio, lááááááá nos primeiros anos do descobrimento do país, quando Portugal por estar em crise voltou seus interesses para as bandas de cá, passando a explorar (ou roubar?!?) pau-brasil, as únicas atividades comerciais exercidas por aqui eram a extração da madeira e, como em qualquer outra região portuáriade de qualquer outro lugar do mundo, em qualquer momento histórico, a prostituição.
E digamos que naquela época era complicadinho se precaver... muita gente ficava doente, pegava DST's.
Qual a solução?
Fazer um hospital na região para tratar as pessoas, principalmente as mulheres.
Naquela época, num tinha Unimed, né... então, quem ficou encarregado desta função?
A Ingreja, como era de praxe.
Portanto, a primeira Santa Casa de Misericórdia do país foi fundada em Santos, para tratar esse povo pecador.
Hahahahaha, adoro essas ironias da vida... XD

Termino por aqui a minha "homenagem" a esta cidade que eu tanto gosto, e deixo para você um fotinho para ilustrar a carinha dos nossos jardins.


Nat

De volta à Bauru!
E com muito sono, obviamente... hehehe

O fim-de-semana em Santos foi uma delícia, pena que acabou tão depressa!
No sábado, por convite de uma grande amiga acabamos, eu e mais cinco fellas, indo assistir "À Procura de Eric".
Olha, eu não esperava nada deste filme, viu...
Primeiro que nem o nome nem a breve explicação do que se tratava me animaram a querer assistir.
Depois, chegando lá, o cinema estava com um "probleminha" no video e no audio que, pra vocês terem uma idéia, as vozes soavam meio Darth Vader style e as legendas pareciam que estavam sofrendo ataques de Dementadores.
Mas olha, apesar dos pesares, num é que a história foi de prender a atenção???
Tinha tudo para eu não gostar do filme e mesmo assim, foi ótimo!
No fim, eu estava até ali torcendo pelos os personagens, hahahah!!
Super recomendo! XD
Detalhe que rola uma total digressão na história; o personagem principal se chama Eric, assim como seu herói, Eric Cantona, um jogador de futebol QUE EXISTIU DE VERDADE (e ainda existe, porque o cara não morreu).
E eu sabia disso?
E eu lá sei alguma coisa de futebol???
Demorou um pouquinho até cair minha ficha que eram pessoas/personagens diferentes, e não o fantasma do natal passado, haahauhauhauaha.

Em síntese, é um filme que vale a pena assistir.
É um drama que você também dá risada do que acontece.

Aqui vocês encontram a sinopse e o trailler do filme.
Fica a dica!
Nat

Estou em Santos.

Daqui. Sempre.
Nat
Hoje eu não sei por onde começar.
Vou mais longe e digo que poucas vezes sei, mas né, não entremos neste mérito da questão agora! rs

Está difícil de escrever por estes dias... as palavras simplesmente têm fugido de mim.
Talvez seja a minha fase, como boa menina-mulher de fases que sou.
Talvez porque eu não queria escrever sobre todas as combinações de sabores de sorvetes que tenho experimentado...
Talvez seja porque não me interesse dar minha opinião sobre os últimos episódios de House que assisti,
Ou ainda por não ser nada de mais escrever sobre as últimas receitinhas diferentes que tenho preparado, pois são simples que acabam até passando batidas...
Talvez os filmes que tenho assistido nem a mim têm chamado atenção;
Talvez a vida simples que eu tenho levado por si só baste, e eu não tenha taaaaanta coisa para escrever sobre ela mesmo.
Talvez porque eu esteja mais quieta, com a mente mais quieta;
Ou ainda pode ser culpa do meu estado hormonal, digamos assim...
Talvez falar da saudade que sinto das tantas coisas da minha vida já seja lugar-comum, então me calo;
E falar do calor, das chuvas que assolam o país e dos tremores no Haiti, quer notícias mais desgastadas do que estas?!

Penso que no fim não há nada de maravilhoso para ser falado.
E talvez nem seja preciso.
Nat
Sabe aqueles momentos em que você quer que o tempo pare?

Para captar aquela felicidade fugidia, que dura apenas alguns segundos?
Ou aqueles mesmos instantes de simplicidade que o conde Fosca de Todos os homens são mortais buscava na sua vida?

Então.
É isso.
Nat
O que o vento não levou

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
um cheiro que tinha uma dia o próprio vento...


Mario Quintana - A cor do invisível
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Nat

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Nat
Gente, eu fico até emocionada de ver como certas coisas simplesmente acontecem, fluem, são coincidência ou obra divina, enfim, não sei!

Abri eu aqui o blogger pra escrever uma mensagem de começo de ano, porque né? Sete dias se passaram e eu sumidinha da silva.
Aí, leio um e-mail que tinha MUITO do que eu queria falar.
Maktub, minha gente!
Estava escrito que eu tinha que escrever sobre isso, hahahaha.

Pois bem!
O que eu queria começar escrevendo é sobre liberdade.
Não uma liberdade no sentido filosófico da coisa: aquela que vai láááááá longe, que discute e argumenta, nahhh, nada disso...
A liberdade que eu falo é a experiencial... aquela que vivemos no nosso dia-a-dia, que está imbricada nas nossas ações, nos nossos pensamentos, nos nossos valores...
É a liberdade de se aceitar, de aceitar certas coisas e viver bem com isso.
É aquela que envolve jogar fora o que mais atravanca as nossas vidas...
Principalmente a liberdade de não aceitar certos padrões que tão rolando por este mundo aí afora e nós colocamos aqui dentro da gente.
É ver que certas coisas simplesmente são ou não são para nós.

Bom, o tema da liberdade surgiu porque é este o momento que eu estou vivendo em minha vida.
E certas coisas tem sido tão boas pra mim que eu quero dividir com todo mundo...
Tenho isso comigo: se eu estou tão bem, porque o outro também não merece estar assim??? E quem sabe isso que faz bem pra mim também serve pra ele!!!

De qualquer forma, o que eu queria desejar a todas as pessoas é isso: a liberdade para serem o que são e estarem bem com isso. Simples assim.

Porque a vida que a gente vive é insana, folks.
Nada boa, para todos nós...
Somos impelidos a estarmos sempre insatisfeitos com o que temos em nossas vidas.
Pensem nisso!!!
Precisamos sempre trabalhar mais, estudar mais, nos esforçarmos mais para sermos os primeiros; precisamos cuidar melhor da aparência, ter um corpo melhor, estarmos em dia com a moda, ser saudáveis; precisamos ter a família perfeita, um jardim cheio de rosas, uma foto bonita de pessoas sorridentes na parede.
Milhares de revistas nos dizem como nos portar, o que devemos comer; livros são vendidos para nos contar sobre como atingir o sucesso; na televisão, os programas "despretensiosamente" nos contam uma historinha e, de quebra, vendem uma imagem, que mostra uma disparidade absurda com a realidade da maior parte dos telespectadores...
Outdoors, televisão, rádio, revistas, internet, tudooooo mandando mensagens, quer a gente queira ou não.

Mas pra dar uma quebra, eu vou mandar este texto que eu recebi por e-mail.
Ele fala do universo feminino, mas é possível pegarmos a idéia e generalizarmos para outros tantos aspectos das nossas vidas.
Não poderia ter sido melhor escrito...

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."

Martha Medeiros