Nat
Olá querido leitor-fantasma,

O post de hoje é sobre um assunto que as pessoas geralmente não curtem muito: política.
(Eu começo bem, né? Percebam minha incrível habilidade de tornar meu texto atraente para as pessoas... ¬¬)
Pois é, política gente.
A grande pedra no nosso sapato, ou melhor dizendo, aquela pedrinha que incomoda constantemente o caminhar dos que andam descalços (realidade brasileira, né?). O rolo aparentemente impossível de ser desenrolado, a vergonha do nosso país, a situação que ninguém sabe como lidar direito por conta dos abusos de poder e da corrupação - ok, eu vou parar por aqui ou a lista ficaria mais extensa do que o equivalente a 20 páginas de arquivo em word e eu não tenho a intenção de ir me aprimorando na arte de escrever pro além.

Ora pois. Não quero entrar no mérito de escândalos de passagens aéreas, de pagamentos de empregadas ou contas de celular pessoais com dinheiro público, de grampos telefônicos que estão sendo contestados, de brigas entre os magistrados do mais alto escalão, nahh, nada disso.

Meu ponto é outro, e talvez vocês partilhem comigo desta sensação.
Me sinto uma idiota lendo jornal*.
Sério mesmo.
Tanto é que costumo começar com os cadernos de cultura - ou seja, aproximações sucessivas** -, leio as tirinhas, vejo o que anda rolando no mundo (= São Paulo, porque no interior num muita coisa, só o show do Julio Iglesias a R$500 o convite - e nem que fosse R$ 10 eu iria...), depois leio os cadernos de gastronomia ou turismo, e aí eu pego o de política brasileira.

Num sei, me dá uma gastura ler o de política, sabe?
Uma resistência a ficar sabendo dessas coisas todas.
A sensação de impotência vem à tona, de vê-los todos fanfarroneando e ter que engolir o sapo. Ouvir um Chupa essa manga! mental toda vez que ler uma dessas notícias.
(E vamos combinar também que num dá pra esquecer de todo o floreamento - para escancarar ou pra encobrir - da orientação ideológica do jornal que pode abrir a possibilidade de dar uma manipuladinha na notícia, né?)

Mas eu arranjei uma saída pra isso: um site!
Acredito que muitos já tenham ouvido falar:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/

É excelente, pessoal.
As críticas dos jornalistas ou dos outros profissionais que escrevem geralmente são muito pertinentes..
É uma outra visão que auxilia no processo do se informar para formar sua opinião.
Fica a dica.



* Aqui falo jornal porque eu raramente vejo televisão. Acredito que isso seja válido também pra quem acompanha os telejornais, revistas, blogs ou sites de notícias, twitter, o amiguinho bem informado, sei lá..

**Mini-dicionário de Psicologia da Nat: Grosso modo, quando pretendemos estabelecer determinados hábitos ou aprender coisas novas, é difícil conseguir logo de cara aquilo que queremos, não é? Por isso o processo vai acontecendo aos poucos: se você quer aprender a ler, primeiro é necessário reconhecer as letras, depois juntar sílabas, ir reconhecendo os sons das sílabas, ir formando palavras etc. Esse "ir aos pouquinhos" é que chamamos de aproximações sucessivas.
Nat
Tenho me sentido um fantoche nas mãos do meu destino.
Como se as minhas escolhas fossem essencialmente ilusórias, impossíveis de ser diferentes.
E os encontro e desencontros ao longo do meu caminho me fizessem enxergar apenas aquilo que está já escrito pra ser, impedido de ver as novas possibilidades.

Depois, quando eu ligo o "anacronic mode" e faço a louca, me sinto desgastada, como se eu tivesse há tanto querendo quebrar com minha realidade que quando o faço, zero minha minhas baterias e volto à condição anterior que eu tanto queria fugir. Como se não adiantasse fazer nada, pois a vida sempre continua a mesma.

Um horror esas sensações (pq eu sei que num é real, é o q eu sinto que seja real).
E, mais uma vez, me vejo dentro de um personagem da Clarice Lispector: sentimentos e pensamentos contraditórios ebulindo dentro de mim, determinando cada ação minha.

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"Catarse mode" off.