Nat
Parando um pouco pra respirar, eu tenho visto que estes dias extremamente corridos me fazem pensar um pouco sobre a vida.

Embora eu tenha um jeito e uma cara de pessoa muito calma, isso num é de todo verdade só pra não dizer que é mentira. Ultimamente eu tenho estado muito ansiosa, explodido com bastante facilidade e raiva, muita raiva!
Passei uma semana de cão uns dias atrás, TUDO acontecendo, tendo que fazer tudo, me sentindo sozinha e carente de colo das pessoas que amo.
O mundo todo parecia hostil e minha resposta foi quer jogar uma bomba atômica por aí, na cabecinha de determinadas pessoas.

Acho que o excesso de estimulação foi tão intenso que na sexta eu estava anestesiada.
Comecei a refletir sobre tudo que estava acontecendo na minha vida, todas as dificuldades que tenho passado, o stress e o excesso de coisas e responsabilidades, o lidar e suportar situações não tão agradáveis quanto eu gostaria, tudo-tudo!!!
E a mensagem que martelou na minha cabeça o tempo todo foi: paciência.

Aliás, não só essa... me permiti sentir raiva.
Me permiti explodir, me permiti ser humana.
Me permiti sentir tudo aquilo que eu sempre costumo abafar.
Não é fácil entrar em contato com este sentimento, a raiva.
Eu era o próprio Hulk em pessoa, estava desgastada, e ao mesmo tempo sentindo que precisava por tudo aquilo pra fora.
Mas daquele jeito, descontrolado, estava impossível continuar.

A paciência entra nessa história.
Porque a gente vai percebendo que dar murro em ponta de faca (como diz minha mãe), não adianta.
Sentir aquela raiva, de alguma forma, me fortaleceu.
E eu venho percebendo que mesmos sentimentos que costumam ter uma carga negativa muito grande no imaginário das pessoas, podem ser positivos.

Eu achava que raiva era sempre ruim... tive que me deixar tomar pelo total descontrole pra ver que algo bom poderia surgir dali.
Não que hoje eu seja a zen-budista-equilibradora-da-raiva, hahahaha.
Mas o olhar começa a se transformar, ainda que de forma pequena.
Algo mudou.


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