Nat
Pôxa, ontem estava eu aqui elaborando um post-desabafo melancólico do quanto é chato ser adulta e ter sempre que cumprir certos scripts, ter mil responsabilidades chatas de adultos, que me dei conta de que eu sempre funcionei assim.

*CHOQUE*

Mesmo quando eu não tinha mil-responsabilidades-chatas-de-adultos, eu agia como se eu tivesse mil-responsabilidades-chatas-de-adultos.
Não por querer (óbvio que eu não quero!!!), mas por não saber fazer diferente.
Por ter aprendido a ser assim. Por ter crescido assim.
Porque quando a gente aprende de uma forma, acha a coisa mais natural do mundo e continua fazendo ad eternum.

*sigh*
 

Isso me lembrou um dos meus escritores preferidos, Haruki Murakami.
Em um de seus livros, ele fala sobre o ato de escrever.
Que existem algumas pessoas que nascem com o dom natural de escrever: a inspiração vem facilmente, é só sentar e criar livros e mais livros.
No entanto, a maior parte dos mortais não nascem com o dom: o ato de escrever vem do suor, da persistência, das tentativas cotidianas, da insistência. A inspiração vem do tentar, tentar e tentar mais uma vez.

Eu, diante disso tudo, tenho o desejo de ser mais leve.
Lembrei de n pessoas que conheço que são tão leves... e me vejo como uma nuvem de chumbo perto delas.
No entanto, a leveza pode ser atingida.
Quem sabe eu não consigo?

Alberto Caeiro escreveu sobre escrever de forma simples.
E eu, quero viver meus dias nesta busca.  





2 Responses
  1. mainina Says:

    Amiga, me identifico um pouco com o seu post.

    Uma coisa legal é "fazer". Não sei se é a persistência em si, mas acho que agir, antes de tudo. Porque deixar no pensamento causa angústia. Acho que é o fazer que deixa a vida mais leve...

    beijo


  2. Nessa Says:

    Me identifiquei pouco com seu post. Só que ao contrário.

    Mesmo barco. Always.