Nat
De nada adianta viver se esforçando ao máximo pra mater a bagunça organizada: invariavelmente, as coisas voltarão a ficar fora de seus lugares.

De nada adianta mostrar-se sempre adequado às situações, querendo sempre que tudo saia da melhor forma, sem desagradar, sem machucar ninguém, sem criar problemas: quão desrespeitoso se estará sendo consigo mesmo?

De nada adianta fechar os olhos com todas as forças pra aquilo que se sente: existe algo dentro de você que é "feio", que vai contra um série de regras sociais difundidas e possivelmente contra seu sistema de valores. Sabendo disso, pense melhor nas suas escolhas.

De nada adianta se preocupar tanto... pois uma enorme parte do que ocorre nessa vida é incontrolável mesmo ou puro fruto do acaso, o que não é algo ruim, embora eu também acredite que não se deva deixar-se à deriva dos acontecimentos.

Nem sempre é possível ser coerente;
Nem sempre a racionalidade é a melhor saída;
Nem sempre dá pra ter tantas certezas;
Nem sempre ser coerente, racional e seguro das coisas te aproxima das pessoas. Muito pelo contrário: pode afastá-las. E de quê vale essa vida se não for pelas pessoas que fazem parte do nosso mundo?

No fim, de nada adianta lutar contra aquilo que se é.
Existem coisas são passíveis de mudança e realmente devem ser modificadas; já outras, não.
Simples assim.
Complicado assim.
2 Responses
  1. mainina Says:

    Olha, Nat. Não sei o que dizer.
    Eu nunca sei e sempre falo. Mas o lance é o seguinte. Não gosto de te ver desencantada, achando que nada adianta. Tente crer mais em você.

    Por mais que sentimenos contraditórios existam... Se "nem sempre" as coisas podem ser assim, outras vezes elas podem. Então, algumas vezes, pelo menos, adianta.

    Te amo. Queria ser um para-raio.


  2. Nat Says:

    Não é desencanto, flor.
    É reconhecer como são certas coisas e tomar as decisões de acordo com isso.
    Não é uma questão de enxergar o copo meio cheio ou meio vazio, e sim de ver que existe um copo com um líquido dentro dele.
    Sem tantas fantasias.
    E que a decisão no final é minha: posso ser pessimista e acreditar que o mundo me persegue e estou completamente indefesa, ou posso ver que sempre há possibilidades e tentar me agarrar nisso, fazer e acontecer dentro do possível.

    O mundo é o que é.
    O que fazer disso é onde reside a diferença.

    Bjos, querida.
    Obrigada pelo recado, pela preocupação comigo...