Nat
Esses dias parei pra pensar o que vou fazer da minha vida daqui pra frente.
Estive conversando com um colega de trabalho já mais velhos, que tem lá seus cinquenta e poucos anos, e ele começou a me contar uma série de coisas de sua vida, dentre elas um sonho que tinha desde moleque de comprar um carro meio caidão e reformá-lo, deixando de um jeitinho todo especial conforme o seu gosto.
Contou esse e me contou muitos outros, outros desejos, coisas que já tinha realizado...
Como era de se esperar, virou pra mim e perguntou "e você, menina?"
.
.
(silenzio...)
.
.
.
.
Sim, eu me enrolei e não soube direito o que responder.
Na verdade, respondi qualquer coisa, um pouco embaraçada pela situação.
Nem tanto por não ter o que responder com afinco, com paixão. Certas coisinhas a maior parte das pessoas quer: viajar bastante, ter uma estabilidade, família, um amooor etc.
O que me deixou meio que sem chão foi me dar conta de que de-repente-não-mais-que-de-repente tudo que eu queria muito, aquilo que eu tava tocando pra frente ou eu parei pela metade ou me desinteressei.
Como tantas outras coisas, em tantas outras vezes.

E tudo isso tirando toda aquela obrigação neurótica que existe por aí de estar sempre fazendo algo, a vibe sociedade-pós-moderna-mundo-frenético...

Reconhecer e aceitar.
Reconhecer e mudar.
Tudo depende.
Tudo é incerto.
Marcadores: edit post